Embora seja a abertura a controlar a quantidade de luz que atinge o sensor, é o obturador que tem a tarefa de controlar quanto tempo o sensor está exposto à luz - desde velocidades rápidas, como 1/1.000 de segundo, que congelam a acção, até tempos de exposição de um segundo, ou mais, que criam arrasto por movimento.
A velocidade de obturação de que precisa depende de como quer registar o movimento na sua imagem. Por exemplo, ao captar uma cena marítima, pode preferir congelar a espuma branca das ondas (com uma velocidade de obturação rápida) ou transformar o mar numa mancha suave (velocidade baixa).
São ambas possíveis e válidas - a decisão é sua! A forma mais fácil de obter qualquer um dos resultados é fotografar no modo de Prioridade ao obturador e recorrer aos dois extremos da escala de exposição.
Para além das possibilidades criativas apresentadas, há também razões técnicas para a escolha da velocidade - sobretudo quando não usa um tripé. Por regra, deve usar uma velocidade de obturação mínima equivalente à distância focal da sua objectiva - 1/100 de segundo com 100mm, 1/200 de segundo com 200 mm (equivalente 35 mm) e assim sucessivamente - para evitar imagens tremidas.
Claro que os sistemas de estabilização de imagem minimizam este problema - pode aumentar a velocidade de obturação em dois stops, por exemplo, usando 1/30 de segundo com 100 mm. Jogue pelo seguro. Se recorrer a um tempo de exposição mais longo, deve utilizar um tripé para assegurar a estabilidade da câmara e evitar imagens tremidas.
in O Mundo da Fotografia Digital - Julho 2010
As velocidades de obturação lentas permitem criar arrasto por movimento. |
As velocidades de obturação rápida são ideais para cenas de acção. |
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