Além de nomes comerciais, como Pentium, K6-2, Athlon, Duron, Celeron, etc., cada processador possui seu nome código, que também é muito usado. Um Pentium III pode ser um Katmai ou um Coppermine, um Athlon pode ser um K7, um K75 ou um Thunderbird. Spitfire também é fácil, é o nome código do AMD Duron, mas você saberia dizer quem é o Gobi, Covington, ou ainda o Dixon? Neste guia você conhecerá os nomes códigos de cada processador, e o que muda entre cada um.
Como é uma lista um tanto extensa, vamos dividi-la por Fabricante:
Intel
Tillamook - Foram os Pentium MMX de 233, 266 e 300 MHz, produzidos numa arquitectura de 0.25 mícron, originalmente destinados a notebooks. Estes processadores chegaram também a ser usados em alguns poucos computadores de marca.
Klamath - Foi a primeira geração de processadores Pentium II, ainda fabricados usando a antiga arquitectura de 0.35 mícron, também usada nos processadores MMX. Esta primeira leva de processadores Pentium II inclui as versões de 233, 266 e os primeiros processadores de 300 MHz.
Deschutes - Foi a segunda geração de processadores Pentium II, produzidos usando uma técnica de 0.25 mícron. Esta segunda geração inclui todos os Pentium II acima de 300 MHz. Tanto os processadores Pentium II Klamath, quanto os Deschutes possuem as mesmas características: o formato de cartucho, os mesmos 512 KB de cache half-speed, etc., o que muda é apenas a técnica de produção e as frequências de operação.
Tonga - Este é o nome código do Mobile Pentium II, produzido em versões de 233 a 300 MHz, usando uma arquitectura de 0.25 mícron e um encaixe especial, o MCC, Mini Cartridge Connector.
Covington - A primeira geração do Celeron, os famosos Celerons sem cache L2, que foram produzidos apenas em versão de 266 e 300 MHz.
Mendocino - A segunda geração do Celeron, que já trazia os 128 KB de cache L2, trabalhando na mesma frequência do processador. Os Celerons Mendocino dividem-se em duas em duas famílias.
Os Celeron em formato slot 1, que existiram em versão de 300, 333, 366, 400 e 433 MHz, usam uma arquitectura de 0.25 mícron, a mesma usada no Pentium II Deschutes, enquanto os Celerons em formato soquete, que existiram em versões de 300 a 533 MHz, utilizam uma técnica de 0.22 mícron, mais avançada. É por causa desta diferença que um Celeron 366 socket 370 chega a 550MHz em overclock, enquanto um 366 slot 1 mal chega a 456.
Dixon - Esta foi uma versão especial do Celeron, destinada a notebooks. A diferença entre estes e os Celerons para computador de mesa é que os Dixon possuem 256 KB de cache L2 ao invés de apenas 128. Estes processadores existiram em versões de 300 e 500 MHz. Apesar do projecto ser uma variação do Celeron, estes processadores foram vendidos como processadores Mobile Pentium II.
Katmai - A primeira versão do Pentium III, ainda produzida numa técnica de 0.25 mícron. Todos os Pentium III Klamath usam o formato slot 1 e possuem 512 KB de cache L2 operando a metade da frequência do processador. Estes processadores existiram em versões de 450, 500, 550 e 600MHz.
Coppermine - Os processadores Pentium III produzidos numa técnica de 0.18 mícron e equipados com 256 KB de cache L2 operando na mesma frequência que o processador. Apesar da menor quantidade de cache, os Coppermine são bem mais rápidos que os antigos Klamath. Esta família inclui os Pentium III 500E, 550E, 600E, 533EB e de 650 MHz em diante.
Coppermine 128 - Estes são os Celerons actuais, produzidos em versão de 533 MHz em diante.
Por também utilizarem uma arquitectura de 0.18 mícron, são bastante overclocáveis. Na verdade são um subproduto da linha de produção dos Pentium III Coppermine.
Tinma - O Tinma, era para ser uma versão de baixo custo do Celeron, que já viria com o chipset integrado no próprio processador, permitindo que fossem desenvolvidas placas mães mais baratas para ele. O problema foi que o Tinma utilizaria uma versão do velho chipset i820, e por isso precisaria de um novo chip MTH, para permitir o uso de memórias SDRAM normais, ao invés das caríssimas memórias Rambus, que seriam impensáveis num processador de baixo custo. A dificuldade em criar um chip MTH estável, combinada com os atrasos no desenvolvimento do projecto levou a Intel a abandoná-lo.
Willamette - Este é o nome código do Pentium 4 actual, produzido numa arquitectura de 0.18 mícron. Esta primeira geração inclui os Pentium 4 de 1.3, 1.4 1.5 e o futuro Pentium 4 de 1.7GHz.
Northwood - Esta será a segunda geração do Pentium 4, produzida numa arquitectura de 0.13 mícron. Incluirá as versões do Pentium 4 de 1.8 GHz em diante e possibilitará o lançamento de um Pentium 4 destinado a notebooks.
Foster - Será uma versão do Pentium 4 com mais cache, destinada a servidores. Substituirá o actual Pentium III Xeon.
Merced - Segundo os planos originais da Intel, este processador seria lançado no final de 97, mas acabou sendo lançado apenas este ano, sim, estamos falando do Itanium, a primeira geração de processadores de 64 bits da Intel.McKinley - Será a segunda geração de processadores de 64 bits da Intel, o sucessor do Itanium, que será produzido numa técnica de 0.13 mícron e em frequências a partir de 1 GHz.
Madison - Será o sucessor do McKinley, também um processador de 64 bits.
Tanner - A primeira geração do Pentium II Xeon, que foi produzido usando arquitectura de 0.25 mícron e operava a apenas 450 ou 500 MHz. Mais tarde foi lançada uma terceira versão, operando a 550 MHz.
Cascades - A geração actual do Xeon, produzido usando a mesma arquitectura de 0.18 mícron do Pentium III Coppermine. A diferença é que o Xeon possui bem mais cache e é muito mais caro.
Banias - Apesar do nome "exótico", o Banias vem sendo levado bastante a sério pelos projectistas da Intel. Todos os chips Intel actuais, Pentium III, Pentium 4 e Celeron são chips destinados a apresentar um bom desempenho, sem muita preocupação com o consumo elétrico. Esta é uma boa estratégia quando se está desenvolvendo processadores para computadores de mesa, onde um bom cooler resolve, mas é uma grande desvantagem tratando-se de notebooks, que são alimentados por baterias e devem ser o mais compactos possível.
A ideia do Banias é um chip que concorra directamente com o Crusoé, impedindo que ele abocanhe uma parte muito grande de um mercado que hoje é dominado pela Intel.
Inicialmente acreditava-se que o Banias seria um projecto novo, desenvolvido com o objectivo de apresentar uma melhor relação consumo/desempenho, mas recentemente a Intel divulgou que desistiu da ideia e resolveu construí-lo com base na arquitectura do Pentium III. O projecto ainda está em estágios iniciais, por isso o chip será lançado apenas no início de 2003.
É complicado pensar com um ano e meio de antecedência, mas imaginando o mercado a que o chip se destina, é compreensível que a Intel aproveite a arquitectura do Pentium III. Veja que o Banias é um chip destinado a notebooks ultra compactos, onde é mais importante um processador económico e que dissipe pouco calor do que um monstro de 5 GHz. Fora o Crusoé e o Cyrix C3, qual é o processador mais económico actualmente? Se respondeu que é o mobile Pentium III (ou mobile Celeron, já que a arquitectura é a mesma) você acertou.
Outro problema é que a arquitectura do Pentium III não oferece uma elasticidade tão grande em termos de frequência de operação quanto o Pentium 4 ou o Athlon, mas novamente, voltamos ao ponto do baixo consumo elétrico, que é a prioridade neste caso, aliado a um custo de desenvolvimento igualmente baixo, já que estão reciclando e não criando nada novo.
Este chip coexistirá com a versão mobile do Pentium 4, que será lançada futuramente.
Argon - Este é mais um nome exótico e pouco conhecido, mas é o nome código do projecto da AMD que atingiu maior sucesso até hoje, nada menos que o Athlon. O Argon, ou Athlon, divide-se em quatro arquitecturas, K7, K75, Thunderbird e Palomino:
K7 - Esta foi a arquitectura usada na primeira geração do Athlon, ainda usando o antigo formato Slot A e com 512 KB de cache externo operando à metade da frequência do processador. Estes pioneiros foram produzidos ainda na antiquada arquitectura de 0.25 mícron e existiram em versões de 500 a 700 MHz.
K75 - Foi a segunda geração do Athlon, ainda no formato slot A, ainda com os 512 KB de cache externo, mas já produzidos numa arquitectura de 0.18 mícron. Esta segunda leva existiu em versões de 600 a 1 GHz.
Thunderbird - É a terceira geração do Athlon, que vem no formato socket A e é equipado com 256 KB de cache on-die, operando na mesma frequência do Processador. Assim que foi lançado, o Thunderbird substituiu imediatamente as linhas anteriores, pois é mais rápido e mais barato de produzir. O Athlon Thunderbird pode ser encontrado em versões de 700 MHz a 1.4 GHz.
Palomino - Este é o nome código da geração actual do Athlon, ainda produzida usando uma técnica de 0.18 mícron, mas com uma arquitectura redesenhada a fim de possibilitar o lançamento de processadores operando a frequências mais altas. O core Palomino é usado no Athlon XP, que logo na leva inicial chegou a 1.53 GHz. Uma derivação desta arquitectura deu origem ao Duron Morgan.
Spitfire - Este é o nome código da primeira geração do AMD Duron, que apesar do desempenho excepcional, enquadra-se na linha de processadores de baixo custo da AMD. O Spitfire, nada mais é do que um Athlon Thunderbird equipado com apenas 64 KB de cache L2, apenas um quarto da quantidade do irmão mais velho. Com isto a AMD conseguiu um processador barato de produzir, que pode ser vendido a preços competitivos, mas que ainda preserva um bom desempenho graças ao enorme cache L1 de 128 KB.
Morgan – Esta é a segunda geração do AMD Duron, uma arquitectura derivada do core Morgan utilizado no Athlon XP. Esta nova versão continuará trazendo os mesmos 64 KB de cache L2, mas é capaz de atingir frequências de operação mais altas. As versões iniciais operam a 950 MHz e 1.0 GHz, com expectativas para o lançamento de versões de até 1.3 ou 1.4 GHz, menos que o Athlon já que o Duron Morgan é produzido com filamentos de alumínio, enquanto o Palomino utiliza filamentos de cobre, que garantem uma estabilidade muito maior aos sinais.
Sharptooth - Esta nada mais é do que o extinto K6-3, que existiu em versões de 400 e 450 MHz.
O K6-3 nada mais era que um K6-2 turbinado, que vinha com 256 KB de cache L2 on-die, aproveitando o cache da placa mãe como cache L3. Além de caro, o K6-3 conservava os problemas de desempenho em jogos do K6-2, aplicações em que o cache mais rápido ajudava muito pouco. O K6-3 saiu de linha pouco depois do lançamento do Athlon.
Thoroughbred - Será um Athlon produzido numa nova arquitectura de 0.13 mícron. O Thoroughbred deverá ser lançado no início de 2002, atingindo frequências acima de 2 GHz.
Especulações falam em processadores de 3 GHz a partir do segundo semestre de 2002.
Appaloosa - Esta será a terceira geração do Duron, baseada no Athlon Thoroughbred.
Barton - O AMD Barton, que deverá ser lançado no final de 2002 será um Athlon Turbinado, que graças ao uso do SOI provavelmente chegará perto da casa dos 3.5 GHz, produzido numa técnica de 0.13 mícron. O SOI é uma tecnologia desenvolvida pela IBM, que permite usar uma camada mais fina de silício na produção dos transístores do processador, o que melhora a estabilidade dos sinais eléctricos e diminuir a resistência eléctrica dos materiais. Isso se traduz num menor consumo eléctrico e na possibilidade do processador trabalhar com estabilidade a frequências mais altas.
Via/Cyrix
M1 - Esta arquitectura foi usada nos processadores Cyrix 6x86 e 6x86MX, que fizeram algum sucesso a alguns anos atrás. O desempenho era inferior ao MMX da Intel e ao K6 da AMD, mas o preço era mais baixo.
MII - Esta foi uma continuação da primeira família, mantendo a mesma arquitectura, mas usando agora uma arquitectura de 0.25 mícron, que permitiu atingir frequências mais altas. Este core foi usado no 6x86MII, um processador que fez pouco sucesso.
Joshua - Este foi provavelmente o projecto de processador mais conturbado da história. No começo, o projecto chamava-se Jedi, até que a Lucas Film advertiu a Cyrix sobre o fato do nome ser uma marca registada. Resolveram então mudar o nome do chip para Gobi, que logo depois foi novamente mudado para Cayenne. A indecisão durou até que a Via comprou a Cyrix, foi quando o projecto ganhou o seu nome definitivo, Joshua. Apesar da história conturbada, o Joshua não passou de um mero coadjuvante, pois nem chegou a ser lançado.
Samuel 1 - O Joshua tinha 64 KB de cache L1 e 256 KB de cache L2, ambos operando na mesma frequência do processador. O problema era que esta combinação resultou num processador caro de produzir, que não podia concorrer com o Celeron e Duron, que além de serem mais rápidos, seriam mais baratos. O Samuel 1 foi a primeira tentativa da Cyrix de produzir um processador mais barato, vinha com 128 KB de cache L1, mas 0 de cache L2, era mais barato mas era ainda mais lento que o Joshua... mais um que voltou para a prancheta.
Samuel 2 - Este chegou a ser lançado com o nome de “Cyrix III”, apesar de novamente ter feito pouco sucesso. Tem 128 KB de cache L1 e 64 KB de cache L2. Custava mais que um Duron, porém era um pouco mais barato que um Celeron, existiu em versão única de 700 MHz. Mantendo a tradição da confusão de nomes, este projecto também foi chamado de Jalapeno e Mojave durante os estágios iniciais. No início de 2001 a Cyrix mudou o nome comercial do processador para C3, manteve a técnica de produção de 0.15 mícron e o relançou em versões de 650 a 800 MHz. O processador continua tendo um desempenho inferior tanto ao Duron quanto ao Celeron, mas traz a vantagem de consumir menos electricidade e custar mais barato.
Erza – Esta é uma versão aperfeiçoada do Samuel 2, produzida numa arquitectura híbrida de 0.13 e 0.15 mícron, que consome ainda menos electricidade que o anterior. A versão inicial opera a 800 MHz e a Cyrix pretende lançar novas versões de até 1.0 Ghz até o final de 2001. O Erza também é chamado de C5C, apesar de também ser vendido como C3.
Erza-T (C5M) – O T vem de Tualatin. Esta será uma versão do Erza adaptada para utilizar o mesmo barramento do Celeron Tualatin, mas todas as outras características do chip foram mantidas.
Erza-T (C5N) – Esta terceira versão do Erza continua sendo produzida na técnica híbrida de 0.13 e 0.15 mícron, mas passa a utilizar filamentos de cobre, como no Athlon. O uso do cobre diminui um pouco mais o consumo eléctrico do processador e permite que atinja frequências de operação mais altas. A Via pretende chegar aos 1.2 GHz com esta arquitectura.
C5X – Será o sucessor do Erza, produzido numa arquitectura de 0.13 mícron e com um processador aritmético melhorado. A versão inicial será lançada na segunda metade de 2002 e operará a 1.1 GHz, com a promessa de uma versão de 1.3 Ghz até o final do ano. O C5X usará uma arquitectura diferente da do Erza, com mais unidades de execução (mais desempenho) mas ao mesmo tempo mais estágios de pipeline, um total de 16, contra os 12 do Erza. Outra novidade será a inclusão de um cache L2 de 256 KB (o Erza tem apenas 64 KB).
C5XL – Será uma versão simplificada do C5XC, que trará apenas metade das unidades de execução e apenas 64 KB de cache L2 (apesar de mais eficiente que o do C5X, segundo a Cyrix).
Este processador será bem mais barato e será capaz de operar a frequências mais altas, até 1.5 GHz segundo a Cyrix. Em compensação o desempenho não será dos melhores.
Este processador será bem mais barato e será capaz de operar a frequências mais altas, até 1.5 GHz segundo a Cyrix. Em compensação o desempenho não será dos melhores.
C5YL – Será uma versão ainda mais simplificada do C5X, provavelmente sem o cache L2. Este processador provavelmente será destinado a computadores de mão e outros dispositivos portáteis, já que o desempenho será muito fraco para ser usado em PCs.
CZA – Este será um chip compatível com as placas mãe para Pentium 4, que será produzido numa técnica de produção de 0.10 mícron. Este processador terá mais estágios de pipeline, seguindo a ideia do Pentium 4 de realizar menos processamento por ciclo de clock, mas em compensação ser capaz de operar a frequências mais altas. Graças a isto o CZA será produzido em versões a partir de 3.0 GHz, mas apenas em 2004.
in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto
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