Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Scolopacidae.
Aves, Charadriiformes, Scolopacidae.
Tipo de ocorrência
Invernante.
Classificação
EM PERIGO. EN* (D)
Fundamentação: Espécie com população extremamente reduzida (admitindo-se que seja inferior a 50 indivíduos maturos). No entanto, por ser um taxon visitante não reprodutor cujas condições não se estão a deteriorar nem fora nem no interior da região, o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido em Portugal, desceu uma categoria na adaptação à escala regional.
Distribuição
Nidifica no Árctico e Sub-Árctico, desde o Nordeste do Canadá, Gronelândia, Islândia até ao Nordeste da Sibéria. Inverna nas costas atlânticas da América do Norte e da Europa (del Hoyo et al. 1996).
Em Portugal Continental a sua distribuição é restrita ás zonas costeiras (Farinha & Costa 1999, Mendes et al. in press). Existem muitos registos ao longo da costa atlântica, principalmente em secções de costa rochosa perto de zonas urbanas (e.g. Matosinhos, Cascais, Buarcos) e alguns registos na costa algarvia e outros locais de costa rochosa (e.g. Catry et al. 1992).
População
Muito pequena, provavelmente entre 20 e 100 indivíduos maturos. O primeiro recenseamento de indivíduos em zonas costeiras não estuarinas, realizado em Janeiro de 2000, não conseguiu calcular nenhuma estimativa fiável devido ao reduzido número de indivíduos observados (Mendes et al. in press). No entanto, a sua distribuição descontínua ao longo da costa, devido ao seu uso de habitat, pode indicar que a estimativa actual poderá estar subvalorizada.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004).
As suas populações apresentam-se estáveis ou em aumento (Wetlands International 2002). Esta tendência, juntamente com o facto de se admitir que o habitat não esteja em declínio em Portugal, levou a assumir um risco de extinção da população invernante no nosso território mais reduzido, tendo descido uma categoria na adaptação à escala regional.
Habitat
Zonas costeiras rochosas ou zonas costeiras adjacentes a habitats rochosos entre-marés. Também utiliza estruturas artificiais (e.g. paredões, cais e molhes de portos).
Factores de Ameaça
Esta população está ameaçada principalmente por factores intrínsecos, nomeadamente a sua densidade baixa. A perturbação humana causada por pescadores e transeuntes afectará também a espécie, sobretudo nas estruturas artificiais, embora se desconheça a relevância desse impacte.
Medidas de Conservação
São poucas as zonas costeiras não estuarinas que se encontram com estatuto de protecção legal (e.g. Costa Sudoeste, Ria de Aveiro) (Costa et al. 2003). A maior parte de costa rochosa do centro e norte do país não se encontra classificada. São necessárias estimativas fiáveis do seu efectivo populacional e sua distribuição.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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