Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Sternidae.
Tipo de ocorrência
Estival nidificante.
Classificação
CRITICAMENTE EM PERIGO . CR* (B2ab(i,ii,iii,iv)c(iv); D)
Fundamentação: Espécie com área de ocupação muito reduzida (menos de 500 km2), que pode ocorrer em menos de 5 localizações; tem sofrido declínio continuado da qualidade do seu habitat e admite-se ainda declínio continuado da sua extensão de ocorrência, área de ocupação e do número de localizações; apresenta flutuação acentuada da população reprodutora, que é muito reduzida (inferior a 250 indivíduos maturos). No entanto, porque o seu sucesso reprodutor é muito reduzido, devendo a população regional portuguesa ser dependente de imigração, na adaptação à escala regional subiu uma categoria, para Criticamente em Perigo.
Distribuição
Espécie com distribuição alargada, da Europa à Austrália. Na Europa, esta espécie encontra-se dispersa pelo Sul e Leste. As populações da Europa Ocidental migram para a África Ocidental, embora alguns indivíduos invernem no Sul da Europa. As populações da Europa de Leste invernam no delta do Nilo, África Oriental e do Sul (Hagemeiger & Blair 1997).
Em Portugal, a espécie ocorre sobretudo no Centro e Sul do país, mas em 1995 foi confirmada a nidificação em Salreu, Ria de Aveiro (Neto & Meireles 1999). O Paul do Boquilobo constituiu a principal zona húmida nacional para esta espécie, se bem que, na região oeste, nos últimos anos a espécie apenas se reproduziu noutros pauis.
População
Assume-se que a população nacional não excederá os 250 indivíduos maturos. Farinha e Costa (1999) apresentam uma estimativa populacional para 1991, entre 40 e 200 indivíduos. A população do Paul do Boquilobo foi acompanhada entre 1980 e 1995, situando-se entre alguns e 240 indivíduos, o que reflecte o carácter de nidificação irregular desta espécie (Catry et al. 1997). Este facto dificulta a detecção de tendências nas estimativas populacionais, mas não há evidências que as suas populações tenham um declínio continuado. O seu sucesso reprodutor é muito reduzido, pelo que se assumiu que a população regional portuguesa é dependente de imigração, tendo na adaptação à escala regional subido uma categoria, para Criticamente em Perigo.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Depauperada, tendo apresentado um declínio histórico acentuado (BirdLife International 2004). Em Espanha, foi classificada como Vulnerável (VU) (Madroño et al. 2004).
Habitat
Nidifica em zonas húmidas de água doce, geralmente onde a vegetação aquática flutuante é abundante. Também pode ser encontrada em arrozais. É um nidificante irregular em muitas áreas, em resposta a condições locais, nomeadamente os níveis de pluviosidade.
Factores de Ameaça
As principais ameaças prendem-se com a drenagem de zonas húmidas, destruição da vegetação emergente e perturbação directa por actividades humanas (Catry et al. 1997).
A reduzida estabilidade da população reprodutora em algumas áreas pode ser devida a actividades agrícolas, responsáveis pela redução dos níveis de água.
Medidas de Conservação
Algumas das principais zonas húmidas onde nidifica (Paul do Boquilobo e Ria de Aveiro) são áreas protegidas a nível nacional e/ou Zonas de Protecção Especial. É necessário uma prospecção de outras zonas húmidas para averiguar sobre a ocorrência da espécie.
A estabilização dos níveis de água das zonas húmidas constitui a principal medida de conservação a implementar em áreas como o Paul do Boquilobo. A colocação de plataformas de vegetação flutuante em áreas onde os níveis de água sejam relativamente regulares poderão contribuir para atrair aves reprodutoras (Tucker & Heath 1994, Catry et al. 1997). Em Itália, os efectivos populacionais atingiram níveis elevados localmente, após a colonização de habitats artificiais como arrozais e aquaculturas (Fasola 1986).
Aves, Charadriiformes, Sternidae.
Tipo de ocorrência
Estival nidificante.
Classificação
CRITICAMENTE EM PERIGO . CR* (B2ab(i,ii,iii,iv)c(iv); D)
Fundamentação: Espécie com área de ocupação muito reduzida (menos de 500 km2), que pode ocorrer em menos de 5 localizações; tem sofrido declínio continuado da qualidade do seu habitat e admite-se ainda declínio continuado da sua extensão de ocorrência, área de ocupação e do número de localizações; apresenta flutuação acentuada da população reprodutora, que é muito reduzida (inferior a 250 indivíduos maturos). No entanto, porque o seu sucesso reprodutor é muito reduzido, devendo a população regional portuguesa ser dependente de imigração, na adaptação à escala regional subiu uma categoria, para Criticamente em Perigo.
Distribuição
Espécie com distribuição alargada, da Europa à Austrália. Na Europa, esta espécie encontra-se dispersa pelo Sul e Leste. As populações da Europa Ocidental migram para a África Ocidental, embora alguns indivíduos invernem no Sul da Europa. As populações da Europa de Leste invernam no delta do Nilo, África Oriental e do Sul (Hagemeiger & Blair 1997).
Em Portugal, a espécie ocorre sobretudo no Centro e Sul do país, mas em 1995 foi confirmada a nidificação em Salreu, Ria de Aveiro (Neto & Meireles 1999). O Paul do Boquilobo constituiu a principal zona húmida nacional para esta espécie, se bem que, na região oeste, nos últimos anos a espécie apenas se reproduziu noutros pauis.
População
Assume-se que a população nacional não excederá os 250 indivíduos maturos. Farinha e Costa (1999) apresentam uma estimativa populacional para 1991, entre 40 e 200 indivíduos. A população do Paul do Boquilobo foi acompanhada entre 1980 e 1995, situando-se entre alguns e 240 indivíduos, o que reflecte o carácter de nidificação irregular desta espécie (Catry et al. 1997). Este facto dificulta a detecção de tendências nas estimativas populacionais, mas não há evidências que as suas populações tenham um declínio continuado. O seu sucesso reprodutor é muito reduzido, pelo que se assumiu que a população regional portuguesa é dependente de imigração, tendo na adaptação à escala regional subido uma categoria, para Criticamente em Perigo.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Depauperada, tendo apresentado um declínio histórico acentuado (BirdLife International 2004). Em Espanha, foi classificada como Vulnerável (VU) (Madroño et al. 2004).
Habitat
Nidifica em zonas húmidas de água doce, geralmente onde a vegetação aquática flutuante é abundante. Também pode ser encontrada em arrozais. É um nidificante irregular em muitas áreas, em resposta a condições locais, nomeadamente os níveis de pluviosidade.
Factores de Ameaça
As principais ameaças prendem-se com a drenagem de zonas húmidas, destruição da vegetação emergente e perturbação directa por actividades humanas (Catry et al. 1997).
A reduzida estabilidade da população reprodutora em algumas áreas pode ser devida a actividades agrícolas, responsáveis pela redução dos níveis de água.
Medidas de Conservação
Algumas das principais zonas húmidas onde nidifica (Paul do Boquilobo e Ria de Aveiro) são áreas protegidas a nível nacional e/ou Zonas de Protecção Especial. É necessário uma prospecção de outras zonas húmidas para averiguar sobre a ocorrência da espécie.
A estabilização dos níveis de água das zonas húmidas constitui a principal medida de conservação a implementar em áreas como o Paul do Boquilobo. A colocação de plataformas de vegetação flutuante em áreas onde os níveis de água sejam relativamente regulares poderão contribuir para atrair aves reprodutoras (Tucker & Heath 1994, Catry et al. 1997). Em Itália, os efectivos populacionais atingiram níveis elevados localmente, após a colonização de habitats artificiais como arrozais e aquaculturas (Fasola 1986).
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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