Taxonomia
Mammalia, Cetacea, Odontoceti, Phocoenidae.
Tipo de ocorrência
Residente.
Classificação
VULNERÁVEL . VU (C2a(ii))
Fundamentação: A espécie tem uma população pequena (inferior a 10.000 indivíduos maturos); admite-se um declínio continuado do número de indivíduos maduros, e todos os indivíduos estão na mesma subpopulação.
Distribuição
A área de distribuição do boto abrange unicamente as águas frias da região temperada e sub-ártica do Hemisfério Norte, estendendo-se desde a Islândia, Mar de Barents e Mar Branco (limite norte) até às costas da Mauritânia, com uma população isolada no Mar Negro (Duguy & Robineau 1982, Leatherwood & Reeves 1983).
Em Portugal, distribui-se ao longo de toda a orla costeira, com densidades mais elevadas na zona Norte. Conhecem-se núcleos populacionais com carácter relativamente permanente nos sectores litorais de Aveiro-Figueira da Foz, Arrábida e Costa da Galé.
População
Em finais do século XIX e princípios do século XX, a espécie era considerada como muito abundante ao longo da costa portuguesa, observada em baías e estuários, havendo registos de animais que subiam o curso dos rios até distâncias consideráveis do estuário (Bocage 1893, Nobre 1895, 1935).
Porém, a partir de meados do século XX, começou a registar-se um decréscimo populacional acentuado a nível europeu, mas a ausência de dados mais concretos não permite contabilizar com exactidão o valor dessa redução. Actualmente, as observações efectuadas ao longo da costa portuguesa referem-se a grupos muito reduzidos (1 a 3 indivíduos), e não há registos recentes da sua presença em estuários.
Habitat
O boto pode ser encontrado em baías, estuários e zonas costeiras de profundidade inferior a 200 metros.
Factores de Ameaça
Os principais factores de ameaça são: captura acidental em artes de pesca, particularmente em redes de emalhar e xávegas (com especial destaque para as que operam na região norte da costa portuguesa); poluição por organoclorados e metais pesados; turismo, especialmente provocado por embarcações de recreio, em algumas áreas da costa.
Medidas de Conservação
No Continente está em vigor legislação específica nacional de protecção de mamíferos marinhos, bem como transposição e regulamentação de legislação internacional. O Guia de Identificação de Cetáceos. (Sequeira & Farinha 1998) foi produzido como material de divulgação.
Estão em curso ou previstas as seguintes medidas: i) avaliação do efectivo e distribuição populacional na região da Figueira da Foz; ii) estudo da biologia e ecologia do mesmo núcleo populacional; iii) avaliação dos factores de ameaças, em particular da mortalidade provocada por artes de pesca; iv) propostas de medidas de conservação; v) monitorização da população; vi) produção de material de educação e sensibilização ambiental.
Outra bibliografia consultada
Lockyer (1995); Read et al. (1997).
Mammalia, Cetacea, Odontoceti, Phocoenidae.
Tipo de ocorrência
Residente.
Classificação
VULNERÁVEL . VU (C2a(ii))
Fundamentação: A espécie tem uma população pequena (inferior a 10.000 indivíduos maturos); admite-se um declínio continuado do número de indivíduos maduros, e todos os indivíduos estão na mesma subpopulação.
Distribuição
A área de distribuição do boto abrange unicamente as águas frias da região temperada e sub-ártica do Hemisfério Norte, estendendo-se desde a Islândia, Mar de Barents e Mar Branco (limite norte) até às costas da Mauritânia, com uma população isolada no Mar Negro (Duguy & Robineau 1982, Leatherwood & Reeves 1983).
Em Portugal, distribui-se ao longo de toda a orla costeira, com densidades mais elevadas na zona Norte. Conhecem-se núcleos populacionais com carácter relativamente permanente nos sectores litorais de Aveiro-Figueira da Foz, Arrábida e Costa da Galé.
População
Em finais do século XIX e princípios do século XX, a espécie era considerada como muito abundante ao longo da costa portuguesa, observada em baías e estuários, havendo registos de animais que subiam o curso dos rios até distâncias consideráveis do estuário (Bocage 1893, Nobre 1895, 1935).
Porém, a partir de meados do século XX, começou a registar-se um decréscimo populacional acentuado a nível europeu, mas a ausência de dados mais concretos não permite contabilizar com exactidão o valor dessa redução. Actualmente, as observações efectuadas ao longo da costa portuguesa referem-se a grupos muito reduzidos (1 a 3 indivíduos), e não há registos recentes da sua presença em estuários.
Habitat
O boto pode ser encontrado em baías, estuários e zonas costeiras de profundidade inferior a 200 metros.
Factores de Ameaça
Os principais factores de ameaça são: captura acidental em artes de pesca, particularmente em redes de emalhar e xávegas (com especial destaque para as que operam na região norte da costa portuguesa); poluição por organoclorados e metais pesados; turismo, especialmente provocado por embarcações de recreio, em algumas áreas da costa.
Medidas de Conservação
No Continente está em vigor legislação específica nacional de protecção de mamíferos marinhos, bem como transposição e regulamentação de legislação internacional. O Guia de Identificação de Cetáceos. (Sequeira & Farinha 1998) foi produzido como material de divulgação.
Estão em curso ou previstas as seguintes medidas: i) avaliação do efectivo e distribuição populacional na região da Figueira da Foz; ii) estudo da biologia e ecologia do mesmo núcleo populacional; iii) avaliação dos factores de ameaças, em particular da mortalidade provocada por artes de pesca; iv) propostas de medidas de conservação; v) monitorização da população; vi) produção de material de educação e sensibilização ambiental.
Outra bibliografia consultada
Lockyer (1995); Read et al. (1997).
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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