terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Recurvirostra avosetta, Alfaiate


Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Recurvirostridae.

Tipo de ocorrência
Nidificante, que se desconhece se é residente ou migrador.

Classificação
População nidificante: QUASE AMEAÇADO - NT* (D1)
Fundamentação: Espécie com população reduzida (inferior a 1.000 indivíduos maturos).

Na adaptação à escala regional desceu uma categoria, por se admitir que a população em Portugal poderá ser alvo de imigração significativa e não ser de esperar que a imigração das regiões vizinhas possa vir a diminuir.

Distribuição
Ocorre na Europa e Ásia Central e oeste até ao Sudeste da Sibéria e Nordeste da China.

Inverna na Europa Ocidental, África, Médio Oriente, China Oriental (del Hoyo et al. 1996).

Em Portugal, a população nidificante distribui-se principalmente no Sotavento algarvio (Rufino 1989, ICN dados não publicados, Catry et al. in press); existem registos de nidificação esporádica nos estuários do Tejo e do Sado (Farinha & Costa 1999).

População
A população nidificante é relativamente pequena. De acordo com Catry et al. (in press), em 2001 e 2002 foram registados 702 e 908 indivíduos maturos, respectivamente.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, o alfaiate é considerado Não Ameaçada, (BirdLife International 2004).

As populações ocidentais desta espécie apresentam-se estáveis ou em aumento (Wetlands International 2002). Para Espanha é referido um incremento populacional (Muñoz & Hortas 2003). Esta tendência, juntamente com o facto de se admitir que o habitat não esteja em declínio em Portugal, levou a assumir um risco de extinção da população invernante no nosso território mais reduzido, tendo descido uma categoria na adaptação à escala regional.

Habitat
Utiliza salinas activas ou abandonadas, aquaculturas e outras zonas húmidas costeiras (e.g. lagoas, salinas) como habitat de nidificação (Rufino 1989, Catry et al. in press.)

Factores de Ameaça
Perda ou degradação de habitat (por acção do Homem), nomeadamente abandono ou degradação de salinas e a transformação de salinas em aquacultura marinhas são as principais ameaças à conservação desta espécie.
 
Medidas de Conservação
A maior parte das áreas estuarinas utilizadas por esta população durante a nidificação estão incluídas em áreas com estatuto legal (Reservas Naturais, Zonas de Protecção Especial, Sítio Ramsar) ou Zonas Importantes para as Aves (Costa et al. 2003). São necessárias acções de controle da predação e perturbação humana e restauração e manutenção dos complexos de salinas utilizados por esta espécie.

Notas
Em Portugal Continental apresenta população invernante numerosa e com distribuição alargada, em situação Pouco Preocupante (LC); ocorre também como migrador de passagem.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


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