quarta-feira, 30 de abril de 2014

Froissartage - Ao trabalho

Concepção da obra
 
Quando queres executar qualquer trabalho de fraoissartage, há que ter em conta alguns aspectos importantes: 
  • Em primeiro lugar reflectir nos diferentes serviços que vão ser pedidos à construção: qual a sua função? ponte, torre, assento... Qual o peso que suportará? Durante quanto tempo?
  • Procura imaginar formas harmoniosas e a melhor disposição, com recurso a vários croquis. Escolhe o que te parece melhor e faz uma maquete à escala: 2 a 5 cm por metro, de modo a ficares com a ideia precisa do conjunto.
  • Pensa no equilíbrio geral da obra. Para tal analisa as forças que se exercem sobre o conjunto, flexões, compressões, tracções a que peças estarão sujeitas, para que, de acordo com elas, escolheres o tipo de madeira e de encaixe mais adequado.
  • Toma atenção à solidez da obra. Não faças furos demasiado perto uns dos outros, senão arriscas-te a que por exemplo, o banco não aguente contigo.
  • Antes de começar faz o inventário das peças necessárias para a construção (em dimensão e quantidade). Tantos toros de 5 cm de diâmetro e 1 metro de comprimento, etc.. Isto irá permitir que se reparta, de igual modo, o trabalho entre os elementos da patrulha: um serrará, outro fará as caixas e as espigas, outro os cortes à meia cana, outro as cavilhas necessárias, etc..




terça-feira, 29 de abril de 2014

Philomachus pugnax, Combatente

Taxonomia
Aves, Charadriiformes, Scolopacidae.

Tipo de ocorrência
Invernante.

Classificação
EM PERIGO - EN (D)
Fundamentação: Espécie com população muito reduzida (admitindo-se que seja inferior a 250 indivíduos maturos).

Distribuição
Nidifica no noroeste da Europa até à Sibéria Oriental. Inverna no Mediterrâneo e África subsariana, Médio Oriente, e subcontinente indiano (del Hoyo et al. 1996).

Em Portugal Continental ocorre em zonas húmidas costeiras e interiores (Farinha & Costa 1999).

População
Esta espécie tem sido monitorizada nas zonas estuarinas desde a década de 1970. A análise dos resultados destes censos até 2000 permitiu verificar que se trata de uma espécie que ocorre em abundância baixa na maior parte dos anos; o efectivo populacional tem permanecido estável, tendo na última década oscilado entre 50 e 300 indivíduos (Sousa 2002b). No entanto, devido á sua presença em outros locais não recenseados, esta estimativa poderá estar subestimada (Farinha & Costa 1999).

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Em Declínio, embora ainda provisoriamente, apresentando um declínio recente moderado (BirdLife International 2004). As populações invernantes na Europa Ocidental apresentam-se em declínio (Wetlands International 2002).

Habitat
Principalmente nas margens de rios, lagoas, albufeiras, campos agrícolas alagados, sapais e mais raramente em zonas costeiras (e.g. áreas entre-marés).

Factores de Ameaça
Perda ou degradação de habitat (por acção do Homem), nomeadamente abandono ou degradação de habitats estuarinos e a destruição ou degradação das zonas intermareais.

Medidas de Conservação
A maior parte das áreas estuarinas utilizadas por esta população durante o inverno estão incluídas em áreas com estatuto legal (Reservas Naturais, Zonas de Protecção Especial, Sítio Ramsar). Várias outras zonas foram recentemente designadas como Zonas Importantes para as Aves (Costa et al. 2003). No entanto, é necessário assegurar a conservação do habitat  e a minimização dos factores de ameaça referidos. Importa obter estimativas fiáveis do efectivo populacional e melhor conhecimento da sua distribuição.

Notas
Em Portugal Continental a espécie ocorre também como migrador de passagem.

in Livro Vermelho dos Vertebrados


sexta-feira, 25 de abril de 2014

Gestão de Cor – Modelos de Cor e Espaços de Cor

Como já foi referido anteriormente, o sensor de uma câmara digital capta apenas luz vermelha, verde e azul (RGB). O RGB é aquilo que chamados modelo de cor, e é baseado na forma como o olho humano capta imagens a cores, ao misturar várias proporções de luz vermelha, verde e azul. O modelo RGB usado nos vários tipos de ecrã, cria uma imagem, transmitindo luz vermelha, verde e azul. O modelo CMY (cyan, magenta, yellow) usado nas impressoras cria a mesma imagem, usando tinta azul ciano (cyan), magenta e amarela (yellow), que absorvem as cores de forma a que apenas o verde, o vermelho e o azul sejam reflectidos. 

Se alinhar as letras CMY por
baixo das letras RGB, obtém
um guia rápido sobre o
funcionamento do sistema
CMY. O azul ciano cria o
vermelho (directamente
por cima deste), ao
absorver as outras duas
cores, azul e verde; O
magenta cria o verde,
ao absorver o vermelho
e o azul; e o amarelo cria
o azul ao absorver o
vermelho e o verde.
Modelos de Cor
Os modelos de cor são bastante básicos – aquilo que nos dizem é a quantidade de cada cor primária usada na mistura das outras cores.
  • O modelo RGB especifica a quantidade de cada cor em unidades entre 0 e 255.
  • O modelo CMY especifica a quantidade de cada cor em percentagens, entre 0 e 100%.
Por exemplo, começando com um vermelho puro, o seu valor RGB seria R:255 G:0 B:0, indicando que a componente vermelha é 256 (lembre-se, contamos a partir do 0, não do 1), e ambas as componentes verde e azul são 0. Isto pode parecer uma descrição detalhada de uma cor, mas não é, porque não se refere a uma cor, tal como a captaríamos, mas sim, à comunicação a um dispositivo, tal como um ecrã ou impressora, para gerar o máximo de vermelho possível. (Um perito chamaria a estes valores RGB “input signals” – sinais de entrada). O vermelho muito saturado mostrado num dispositivo pode equivaler a um vermelho pouco intenso, quando mostrado noutro dispositivo. É como se um manual de condução indicasse que, para atingir determinada velocidade, é necessário pressionar o pedal do acelerador até 3 centímetros. No entanto, se esta instrução é seguida num Ford, este atinge os 60 km/h, enquanto que se for seguida num Ferrari, este pode atingir os 200 km/h. Em fotografia digital, é necessário encontrar uma maneira de fazer com que os valores se refiram a uma cor muito específica, e é assim que chegamos ao conceito de espaços de cor. 

Esta imagem mostra o espaço
de cor sRGB sobreposto ao
Adobe RGB (mostrado em
transparência). É possível
verificar o quão mais pequena
é a gama do sRGB em relação
ao Adobe RGB.
Espaços de Cor
Um espaço de cor localiza cada uma dos milhões de cores possíveis, num gráfico tridimensional, de tal maneira a que as suas posições mostrem de que forma se relacionam umas com as outras (designado normalmente por scaling). Cada cor pode ser especificada ou localizada num espaço, através das suas coordenadas.

Uma das características chave dos espaços de cor é a sua gama – a escala de cores que ele representa. Espaços de cor, assim como dispositivos diferentes, têm gamas diferentes. Não é invulgar acontecer que uma determinada cor de uma imagem, esteja dentro da gama de cores do ecrã, mas não dentro gama da impressora, e vice-versa. Quando uma cor está fora da gama de um espaço, não pode ser reproduzida e é chamada de out-of-gamut (fora da gama). Na próxima secção, veremos como um sistema de gestão de cores pode trazer cores out-of- gamut para a gama de um determinado dispositivo.

É preciso lembrar que uma gama mais vasta não significa um número maior de cores. A única forma de o obter é capturando as imagens em RAW, e não em JPEG. Uma gama mais vasta apenas alarga as cores disponíveis.

Em fotografia digital, é possível encontrar uma referências a uma variedade de espaços de cor RGB. Os mais comuns são:
  • sRGB. Este espaço de cor possui a gama mais pequena de todos os que abordámos anteriormente, mas é ideal para imagens que serão projectadas ou mostradas num ecrã. Quase todas as câmaras o usam, por defeito, para as imagens JPEG. A maioria dos browsers e ecrãs estão preparados para exibir este espaço de cor da forma mais precisa possível.
  • Adobe RGB. Este espaço de cor tem uma gama mais vasta que o sRGB e é normalmente usado, quando o objectivo é a obtenção de impressões de alta qualidade. Uma das suas desvantagens é o facto de que as imagens que o usam, vêm as cores subjugadas quando são mostradas num ecrã, já que a maioria usa o espaço sRGB. No entanto, se usar o espaço Abobe RGB, o Photoshop, o Lightroom e outros produtos são capazes de o converter para sRGB sem perda de qualidade da imagem.
  • ProPhoto. Este é o maior espaço de cor usado hoje em dia, em fotografia digital, e é o único que possui uma gama que inclui todas as cores que uma câmara é capaz de captar. Este espaço de cor pode gerar problemas quando é usado em imagens JPEG de 8 bits. Este tem um número tão inferior de níveis de tons (256, contra os 65536 das imagens RAW), que se realizar um ajuste maior, pode aparecer o banding – transições visíveis, em vez de gradações suaves.
A gama do espaço sRGB
sobreposta à gama do
espaço CIE LAB, que é
muito maior.
  • CIE LAB. O espaço de cor CIE LAB e o seu parente próximo CIE XYZ são espaços de cor diferentes, mas muito importantes, apesar de não se trabalhar directamente com eles. Ao contrário de outros espaços de cor, o CIE LAB distribui as cores, baseando-se na forma como as captamos, e não da forma como são captadas por diferentes dispositivos. Por este motivo, este espaço de cor é independente de dispositivos. Ele contém quase todas as cores que o olho humano é capaz de captar. (Curiosamente, o CIE LAB não pode ser impresso ou mostrado de forma precisa porque não existem dispositivos que reproduzam a totalidade das suas cores). Na secção seguinte, sobre gestão de cores, será abordada a forma como este espaço de cor desempenha um papel importante, no envio de imagens da câmara para o ecrã e depois para a impressora, mantendo as cores constantes em todos esses dispositivos.
  • Working space. As aplicações de edição de imagem permitem seleccionar um working space de forma a que as cores sejam as que esperamos, tanto no ecrã, como numa impressão. O working space pode ser sRGB, Adobe RGB, Pro-Photo RGB, ou qualquer outro espaço de cor suportado pela aplicação.
O modelo CMYK usa o azul
ciano, o magenta e o
amarelo (e preto) para
formar todas as outras
cores.
Apesar de a câmara integrar um determinado espaço de cor nas imagens JPEG que capta, existem duas maneiras de o alterar:
  • Anexar um novo espaço de cor altera a aparência e as cores de uma imagem, sem alterar os valores das cores de cada píxel.
  • Converter a imagem para outro espaço de cor mantém a aparência da imagem, mas converte os valores das cores de cada píxel, de forma a enquadrar as cores no novo espaço.
Quando usa o Photoshop, pode atribuir perfis diferentes e observar as mudanças na aparência da imagem. Esta é uma boa maneira de descobrir qual o espaço que funciona melhor para uma imagem em particular. A gama mais vasta possível nem sempre é a melhor escolha. Uma gama mais pequena, tal como a sRGB tem espaços menores entre as cores, o que proporciona que as gradações suaves, tais como as que encontramos nos tons de pele, sejam reproduzidas de uma forma mais precisa. No entanto, se o interesse de imagem é um cone de trânsito cor de laranja fluorescente, muitas das suas cores podem encontrar-se fora da gama do sRGB, pelo que o ProPhoto seria uma escolha mais acertada.


quinta-feira, 24 de abril de 2014

Estruturas do EXT2


Como disse, tanto o NTFS, quando o EXT2 utilizam estruturas muito diferentes (e até certo ponto bem mais complexas) que as usadas no sistema FAT. Agora que já estudamos os sistemas FAT 16, FAT 32 e NTFS usados pelo Windows, chegou a hora de conhecer um pouco mais sobre o sistema usado no Linux.

Boot block: É onde tudo começa, pois é aqui que são gravadas as informações necessárias para inicializar o sistema.

Inodes: Os inodes armazenam informações sobre cada arquivo armazenado. A função dos inodes é muito semelhante às entradas no MFT do sistema NTFS. Cada inode armazena os detalhes sobre um determinado arquivo, incluindo o tipo de arquivo, permissões de acesso, identificação do(s) utilizadore(s) dono(s) do(s) arquivo(s), data em que foi criado e modificado pela última vez, tamanho e, finalmente, ponteiros para os blocos de dados onde o arquivo está armazenado. Ao ler qualquer arquivo, o VFS lê primeiro o inode correspondente, para depois chegar ao arquivo.

Directórios: No EXT2 os directórios são tipos especiais de arquivos, que armazenam uma lista de todos os arquivos e sub-directórios subordinados a ele. Nesta tabela são armazenados apenas os nomes e os inodes que representam cada um.

Links: Este é um recurso bastante versátil permitido pelo EXT2. Estes links funcionam de uma maneira muito parecida com os links usados nas páginas Web. Cada link pode apontar para um arquivo ou directório qualquer. Ao aceder ao link, automaticamente acede ao destino. Pode por exemplo, criar um link “CD” dentro do directório raiz para aceder o CD-ROM. Ao digitar “cd /root/cd” verá os arquivos do CD-ROM.

Na verdade, os links nada mais são do que inodes que apontam para o arquivo ou directório em questão. Ao abrir o link, o VFS lê as instruções e cai directo nos sectores ocupados pelo arquivo.

Para criar um link simbólico, use o comando ln. Para criar o link CD, dentro do directório raiz, apontando para o CD-ROM por exemplo, o comando seria ln -s /mnt/cdrom /CD.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Froissartage - Sambladuras

Para unir duas ou três peças de madeira são possíveis vários tipos de sambladuras. A experiência e a observação directa permitirão determinar o tipo de sambladura que se julga mais adequada a cada caso, de acordo com as forças que exercerão sobre o ponto considerado. As sambladuras devem ser fixadas com uma cavilha, podendo também ser fixadas com uma ligação em sisal, um grampo ou até um prego. Os encaixes consistem em entalhar dois toros que se devem juntar de modo a poder haver aperto por serem duas superfícies planas que estão em contacto.
 
Sambladura à meia madeira
Esta sambladura consiste em abrir um entalhe, em cada um dos troncos de modo a obter duas faces. Começa por fazer dois traços com a serra no tronco e desbasta de um dos lados, usando para isso um formão (1). De seguida desbasta para o outro lado (2) e assim sucessivamente até atingires a profundidade desejada (3). Para aplainar o entalhe desbasta novamente, mas utilizando o formão na horizontal (4).

As duas peças estão prontas a ser unidas (5), devendo usar-se uma cavilha (6) para fixar o conjunto. Em cada tronco podem-se fazer vários de modo a construir aquilo que for preciso (7).

Sambladura com entalhe
Nesta sambladura a travessa lateral é recortada de modo a poder receber toda a expessura da travessa transversal.

Sambladura topo a topo
Este é um tipo de sambladura muito frequente, por exemplo para aumentar a altura de um mastro. Cada toro é reduzido a metade da sua espessura. O comprimento do encaixe deverá ser rigorosamente igual nos dois troncos a juntar. Depois de feito o encaixe, fura-se cada peça por sua vez para receberem as cavilhas (8). Uma variante é fazer o entalhe próximo da ponta do toro (9) de modo que se ajustem abliquamente.

Sambladura engastada
Esta sambladura emprega-se geralmente nas armações de mesas ou altares de campo. Para fazer a caixa, faz um furo no ponto onde se deverá situar o fundo. Fazendo dois traços com a serra teremos a caixa aberta. A espiga é feita com a plaina ou com a serra. Esta sambladura reduz muito a resistência da madeira pelo que só será de utilizar quando se trabalha com toros grossos (10, 11, 12).

Técnica de caixa e espiga
Esta técnica pode ser usada constantemente e com as mais variadas finalidades. Consiste em abrir um furo num trondo e cravar nele uma espiga moldada em forma aproximadamente cónica (13). O furo pode atravessar completamente o tronco em que é praticado ou deixar uma superfície exterior intacta (por exemplo para cravar os pés de um banco (14)). A espiga deve ser moldada com a plaina. O trado para fazer o furo deve ter cerca de 1/3 de espessura da peça em que se trabalha.

Aplicação de uma cunha
Em muitos casos, para fixação das peças, umas às outras, é necessário usar cunhas de madeira. Se os toros forem ligados topo a topo podem-se utilizar duas cunhas, uma de cada lado (15). Para melhor fixação de uma espiga numa caixa, deve-se utilizar uma cunha do lado oposto ao da espiga (16).




terça-feira, 22 de abril de 2014

Phoenicopterus roseus, Flamingo


Taxonomia
Aves, Phoenicopteriformes, Phoenicopteridae.

Tipo de ocorrência
Invernante.

Classificação
População  invernante: VULNERÁVEL - VU (B2ab (iii))
Fundamentação: Espécie com área de ocupação reduzida (inferior a 2.000 km2), que ocorre em menos de 10 localizações e cujo habitat preferencial (as salinas) tem apresentado redução da área, extensão e qualidade.

Distribuição
O flamingo distribui-se localmente por vários continentes, encontrando-se no Norte, Sul e Este de África, Sudoeste da Ásia, Galápagos e também na Europa (Tucker & Heath 1994). No Paleárctico Ocidental nidifica em Espanha, França, Tunísia e, mais recentemente, na Sardenha (Cramp & Simmons 1977).

Realiza movimentos dispersivos e erráticos, que ainda não são totalmente conhecidos.

A sua distribuição no território continental abarca sobretudo a faixa litoral a sul da Ria de Aveiro, sendo os núcleos mais importantes os Estuários do Tejo e do Sado, Ria Formosa e Castro Marim. Começa no entanto a ser observado em açudes, barragens, lagoas ou em zonas de arrozal no interior do país.

População
Em Portugal, segundo Tait (1924), a sua ocorrência era rara e irregular no início do século XX e também na década de 70 (Cramp & Simmons 1977). Ao longo da década de 80 o flamingo passou a ser uma ave comum nos principais estuários portugueses, onde apresenta no entanto variações significativas de mês para mês (Farinha et al. 1992).

A sua população invernante situa-se entre os 3.000 e os 7.000 indivíduos (Rufino 1993, Costa & Rufino 1993, 1996 e 1997, Encarnação V & Guedes RS dados não publicados).

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Localizada (BirdLife International 2004).

Habitat
Frequenta lagoas abertas e pouco profundas, lagos ou deltas lodosos, zonas costeiras e menos frequentemente interiores, zonas com água salgada e alcalina; inclui estuários, salinas, arrozais, lagoas costeiras e ocasionalmente barragens. Requer grandes espaços, abertos e tranquilos (espécie pouco tolerável a perturbação). No entanto pode encontrar-se em zonas de sapal artificial e em outras zonas húmidas rodeadas pelo homem.

Factores de Ameaça
O abandono e transformação de salinas para outras actividades, tem constituído um dos grandes factores de ameaça para a sua fixação. Esta alteração destas áreas traduz-se em perda de habitat de alimentação, quer pela drenagem das mesmas quer pela sua inundação em níveis que não permitem a concentração do sal na água e assim inviabilizar a produção de pequenos crustáceos como Artemia salina, o seu recurso alimentar principal. A ampliação de zonas industriais e portuárias, nomeadamente à custa de zonas de sapal, constitui uma ameaça a esta espécie. As zonas de vaza junto ou nos meandros formados pelo sapal constituem uma importante alternativa como zonas de alimentação.

Trata-se de uma espécie pouco tolerante à presença humana e outro tipo de perturbações sendo por isso afectada negativamente pela expansão turística e urbanística.

A utilização de herbicidas e insecticidas nas áreas de arrozal, ao inviabilizar a existência das suas principais presas, corresponde a uma diminuição da qualidade do habitat de alimentação.

É ainda uma ave vítima de abate ilegal.
 
Medidas de Conservação
A preservação do flamingo em Portugal depende da manutenção em bom estado de conservação dos seus locais de refúgio e alimentação. A criação de salinas artificiais e lagos salgados temporários pode-se justificar nalgumas áreas. Esta espécie, beneficiaria ainda com o controlo e tratamento eficaz das descargas de efluentes, na sua área de ocorrência. Também a redução da pressão de abate ilegal é uma medida importante. A monitorização da população é fundamental.

Notas
Extinto como nidificante; anotações de D. Carlos de Bragança (inéditos) referem a nidificação desta espécie no sul do Guadiana no século XIX (Catry 1999).

in Livro Vermelho dos Vertebrados


segunda-feira, 21 de abril de 2014

G&P Short Breacher Shotgun - BK


Marca: G&P
Código do Produto: GP-SHG014
Hop-Up: Fixo
Peso: 2,562 kgs
Comprimento: 725 mm
Capacidade: 22 bb's
Potência: 380 fps
Fonte de energia: Mola
Blowback: Sim
Modo de Tiro: Semi-automático

Um shotgun extremamente popular, esta versão da M870 é provavelmente a shotgun com melhor aspecto que verá por uns tempos. A original é largamente usada pelas agências das forças da lei por todo o mundo. Você está olhando para uma M870 pump action calibre 6mm com Speed Stock da G&P.

Ela vem com um punho G&P I.A. que é um punho ergonómico com várias melhorias em relação ao punho standard. A mais óbvia são as ranhuras para os dedos com padrão texturado no fundo mas menos óbvia é o aumento da massa na traseira do punho para o adaptar à sua mão e o mais espaço vertical para a mão entre os dedos polegar e indicador. Na traseira está uma coronha tubular que habitualmente encontra num sistema AR, mas que realmente serve a M870. 

No topo está um rail de topo para se quiser adicionar uma óptica a ele. A M870 tem rails quádruplos e vem com um punho G&P Stubby para ajudar com o armar da shotgun.
  • Carregador de 22 bb's 
  • 380fps à saída da caixa
  • Corpo em metal com marcas realísticas
  • Coronha tubular
  • Construção sólida
Esta shotgun tem um sistema de alimentação por carregador e não usa células externas.


in



sexta-feira, 18 de abril de 2014

Edição de Fotografias – Edição Local

As ferramentas red eye (olho
vermelho) e remove spots
(remover manchas) são as
únicas ferramentas de edição
local do Lightroom. Todas as
outras são para edição global.
A edição local permite alterar áreas seleccionadas de uma imagem. Os programas mais recentes, tais como o Aperture e o Lightroom concentram-se em alterações globais, por isso, para realizar a maioria das edições locais, é necessário exportar as fotografias para o Photoshop ou outro programa similar. É possível especificar o formato em que uma fotografia é exportada. Por exemplo, para exportar uma imagem para o Photoshop, é aconselhável fazê-lo no formato nativo deste programa, o PSD. É neste ficheiro PSD que são feitas as edições locais. Quando o trabalho está terminado, é possível reimportá-lo para o Lightroom.

Quando é usado um programa tal como o Photoshop, existem várias operações que não são possíveis de executar no Aperture ou no Lightroom:
  • Seleccionar. Quando é seleccionada uma área da imagem, é possível editar apenas essa área, sem afectar o resto da fotografia. Também é possível, copiar, mover ou eliminar áreas seleccionadas para criar colagens ou eliminar fundos, por exemplo.
  • Montagem. É possível cortar uma parte seleccionada de uma fotografia e colá-la noutra imagem para criar uma montagem.
  • A caixa de ferramentas do
    Photoshop contém muitas
    das ferramentas usadas
    para realizar ajustes locais,
    incluindo healing (recuperar),
    dodging (iluminar), burning
    (escurecer), cloning (clonar)
    e painting (pintar).
  • Healing e Cloning (recuperar e clonar). Muitas imagens têm pequenas imperfeições, tais como uma pequena mancha num retrato, reflexos, ou mesmo fios telefónicos que é necessário remover. Algumas áreas da imagem poder ser beneficiadas de forem mais luminosas ou escuras que as áreas envolventes. O modelo de um retrato pode ter ficado com olhos vermelhos, causados pelo uso do flash numa sala escura. A ferramenta Healing Brush (pincel recuperador) funciona misturando a área de amostra com o fundo, de uma forma em que textura, brilho, transparência e sombras não são alterados. É possível pintar com píxeis retirados de uma amostra da própria imagem, ou com qualquer outro padrão. No Lightroom, a ferramenta Remove Spots (remover manchas) permite reparar uma área seleccionada da imagem, com uma amostra retirada de outra área. A ferramenta Clone (clonar) copia uma amostra de uma fotografia para a área seleccionada. A ferramenta Heal (recuperar) copia apenas textura, brilho e sombras da área da amostra para a área seleccionada.
  • Dodging e burning (iluminar e escurecer). Estas ferramentas que, como o nome indica, servem para iluminar ou escurecer uma parte da imagem, são equivalentes às duas mais populares técnicas de laboratório, desde as primeiras impressões, realizadas a partir de negativos.É possível usar um pedaço de cartão para bloquear a luz de certas partes de uma imagem, para torná-las mais claras (dodging). Por outro lado, é possível usar um cartão com uma abertura cortada a meio, que permitia que a luz passe, para escurecer apenas essa área da imagem (burning). No Photoshop é possível fazê-lo, passando um pincel específico na área da fotografia a ajustar.
  • Adicionar texto a imagens é normalmente uma tarefa mais ligada aos designers gráficos, do que aos fotógrafos. No entanto, é aconselhável saber como fazê-lo, para conseguir adicionar títulos ou notas de direitos de autor às imagens, ou inventar maneiras de combinar texto e imagem de forma criativa.
  • Layers (camadas). Quando uma fotografia digital é aberta no computador, ele tem apenas um layer – a camada de fundo (backgound), que contém a imagem. Quaisquer alterações feitas a esta camada afectam os seus píxeis permanentemente. Para evitar alterações permanentes, adicionam-se layers onde são realizadas as edições. É como se estivesse a cobrir a fotografia original com folhas de acetato, nas quais faz ajustes à imagem que está por baixo, adiciona texto ou cores, pinta e desenha.
  • Blending modes (modos de mistura). Esta opção determina a forma como uma cor que é aplicada com uma ferramenta, interage com as cores dos layers inferiores.
  • Transformations (transformações). Permitem dimensionar, rodar, inclinar, distorcer e dar perspectiva às áreas seleccionadas.
  • Effects (efeitos). Esta opção permite adicionar sombras a um texto ou biselar os contornos de uma imagem. É possível combinar efeitos, usando primeiro um e depois o outro. Por exemplo, pode-se suavizar um retrato, para tornar a sua aparência mais romântica, vinhetá-lo e adicionar-lhe uma moldura.
  • O fundo da imagem do
    monstro foi seleccionado e
    removido (em cima), uma
    nova fotografia foi aberta
    (no meio), e depois o
    monstro foi copiado (à
    direita) para criar uma
    montagem.
  • Masking (adicionar máscaras). Esta opção permite restringir os ajustes a apenas uma área seleccionada da imagem. Ao contrário de uma selecção, uma máscara é uma imagem em escala de cinzas, tal como outra qualquer. Isto significa que é possível editá-la normalmente: usando pincéis, borrachas, filtros e quase todas as técnicas e ferramentas que existem. Dispor de todas estas ferramentas significa que é possível criar selecções mais complexas do que com as ferramentas de selecção. Como as máscaras tornam possível a realização de selecções precisas, estão no núcleo da montagem – a criação de uma nova imagem através da junção de partes de outras imagens. Pode-se cortar e colar áreas seleccionadas, ou tornar algumas áreas transparentes para mostrar os layers inferiores. Assim que dominar algumas ferramentas básicas, as possibilidades são infinitas.
 
  • Animações GIF. É possível criar uma animação, adicionando imagens, como layers, em cima umas das outras. Depois de serem guardadas em formato GIF, as imagens são reproduzidas como fotogramas de um filme.


  • Stitching (coser). Esta opção permite “coser” uma série de imagens tiradas em série, ao lado umas das outras, para criar panorâmicas que captam uma extensa vista da paisagem.


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Suporte a NTFS


O suporte a NFTS ainda está sendo implementado no Linux. Mesmo o Kernel 2.4.9, que enquanto escrevo é a última versão estável, permite acesso apenas de leitura. Isto significa que pode instalar uma distribuição do Linux e aceder a um disco rígido formatado em NTFS a partir dela, mas poderá apenas ler os dados, nada de alterar ou gravar novos arquivos. Por isso que só é possível instalar o Winlinux caso o seu disco rígido esteja formatado em FAT 16 ou FAT 32. Como o Winlinux é instalado na mesma partição do Windows, ele precisa ter acesso de leitura e escrita.

Existe um projecto para acrescentar suporte completo ao NTFS, o Linux-ntfs. Pode visitar a página oficial em: http://sourceforge.net/projects/linux-ntfs/. Já existe uma versão estável, mas o programa ainda não está completamente desenvolvido.


Além do sistema NTFS ser bastante complexo, ele é proprietário, o que significa que a única forma de desenvolver um driver para aceder a ele é através de engenharia reversa, um processo bastante trabalhoso. Mas, pessoalmente eu acredito que não demore muito para que consigam acrescentar suporte completo no próprio kernel, afinal o NTFS é o sistema de arquivos nativo do Windows 2000 e do XP, o que significa que será cada vez mais usado.

Um suporte completo a ele faz muita falta para quem mantém o Linux e o Windows 2000 em dual boot, já que o Windows 2000 não vê partições Linux e o Linux consegue apenas ler, mas não gravar dados na partição do Windows. No final das contas, o utilizador acaba sendo obrigado a ou instalar o W2K numa partição Fat 32, ou criar uma terceira partição formatada no sistema FAT para poder trocar facilmente arquivos entre os dois sistemas.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto