Taxonomia
Aves, Ciconiiformes, Threskiornithidae.
Aves, Ciconiiformes, Threskiornithidae.
Tipo de ocorrência
Estival nidificante e invernante.
Classificação
População nidificante: VULNERÁVEL - VU* (D)
Fundamentação: População muito reduzida (entre 50 e 250 indivíduos maturos). Na adaptação à escala regional desceu uma categoria, por se admitir que a população nacional pode ser alvo de imigração significativa e não ser de esperar que a imigração das regiões vizinhas possa vir a diminuir.
População invernante: QUASE AMEAÇADO - NT* (D1)
Fundamentação: População com tamanho estimado entre 250 e 1.000 indivíduos maturos.
No entanto, por ser um taxon visitante não reprodutor cujas condições não se estão a deteriorar nem fora nem no interior da região, o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido em Portugal, desceu uma categoria na adaptação à escala regional.
Fundamentação: População com tamanho estimado entre 250 e 1.000 indivíduos maturos.
No entanto, por ser um taxon visitante não reprodutor cujas condições não se estão a deteriorar nem fora nem no interior da região, o que leva a admitir um risco de extinção mais reduzido em Portugal, desceu uma categoria na adaptação à escala regional.
Distribuição
A área de distribuição desta espécie estende-se desde a Europa à China, Índia, Mar Vermelho e Norte de África. No Paleártico a distribuição é ampla mas fragmentada. Os locais de reprodução são pontuais, encontrando-se, de modo geral, situados na parte oriental.
Também ocorre nos Açores, Chipre, Ilhas Féroe, Islândia, Ilhas Canárias, Ilhas de Cabo Verde, Madeira (Cramp & Simmons 1977).
Aves do NW e SW da Europa invernam essencialmente na África Ocidental; as do SE da Europa invernam no Mediterrâneo e no Norte de África, as do Leste da Europa e Turquia movem-se para o Médio Oriente e Índia.
A sua área de distribuição em Portugal Continental estende-se, como invernante, desde a Ria de Aveiro até ao Algarve, sendo no entanto apenas a sul da bacia do Rio Tejo que se estabelece como nidificante.
População
Em Portugal o colhereiro chegou a desaparecer como espécie nidificante; contudo, na última década estabeleceu-se como nidificante em vários locais (Paul do Boquilobo, Barragem de Odivelas, Pêro Pião e Ria Formosa) e, desde então, o número de casais reprodutores tem aumentado (Elias et al. 1998). Estima-se que actualmente o seu número esteja entre 100 e 250 indivíduos maturos (Encarnação V dados não publicados).
Censos de aves aquáticas invernantes indicam que a população invernante deve compreender entre 250 e 1.000 indivíduos maturos (Rufino 1993, Costa & Rufino 1993, 1996 e 1997; Encarnação V & Guedes RS dados não publicados). A população invernante no Mediterrâneo Ocidental e na costa ocidental da África na Europa Ocidental apresenta-se em aumento (Wetlands International 2002). Esta tendência, juntamente com o facto de se admitir que o habitat não esteja em declínio em Portugal, levou a assumir um risco de extinção da população invernante no nosso território mais reduzido, tendo descido uma categoria na adaptação à escala regional.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Rara (BirdLife International 2004). Em Espanha, o colhereiro foi classificada como Vulnerável (VU) (Madroño et al. 2004). No entanto, é referida uma tendência positiva para Espanha (le Court et al. 2003) o que leva a admitir para a população nidificante desta espécie um risco de extinção em Portugal mais reduzido, tendo-se descido uma categoria na adaptação regional.
Habitat
Os locais de invernada e de passagem são normalmente marinhos, encontrando-se confinados a estuários, lagoas, zonas costeiras baixas e abrigadas e, por vezes, barragens.
As colónias nidificantes estão presentes na orla costeira, estuários, rias, salinas, cursos de água, pauis, açudes, com elevado grau de segurança face à perturbação e à predação.
Evita águas estagnadas ou turbulentas, com densa vegetação, quer esteja submersa, a flutuar ou emergente.
Factores de Ameaça
A conservação desta espécie é ameaçada sobretudo pela drenagem de zonas húmidas naturais ou artificiais e pelo corte de árvores ao longo da margem dos rios, lagoas e albufeiras, que resultam em perda e degradação quer do habitat de alimentação como dos locais de nidificação.
O turismo e a prática de desportos aquáticos nas proximidades das margens onde se situam os seus locais de nidificação tem afectado particularmente esta espécie, devido à sua pouca tolerância relativamente à presença humana.
Poluição da água, por efluentes domésticos, industriais e agrícolas constitui também uma ameaça a esta espécie. A utilização de adubos, pesticidas e herbicidas nas zonas de alimentação, resulta em contaminação dos recursos alimentares.
Medidas de Conservação
A preservação do colhereiro exige a manutenção e incremento de áreas de habitat de suporte potencial para a sua nidificação em bom estado de conservação. Importa também assegurar as condições adequadas nos habitats de alimentação, nomeadamente através do controlo e tratamento eficaz das descargas de efluentes.
Deve ainda ser minimizada a perturbação nos locais de nidificação.
A monitorização dos seus efectivos nidificantes é fundamental.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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