quinta-feira, 3 de abril de 2014

Sistema EXT2


O EXT2 é o sistema de arquivos utilizado na grande maioria das distribuições Linux. Na verdade, o EXT2 já está de certa forma ultrapassado, pois já existe um sucessor, o EXT3, que veremos com detalhes mais adiante. Apesar das vantagens, ainda não se sabe se o EXT3 realmente virá a substituir o EXT2.


O sistema de arquivos do Linux passou por uma grande evolução desde sua aparição. Na verdade, nos estágios primários de desenvolvimento, o Linux utilizava um sistema de arquivos bem mais antigo, o Minix filesytem. O Minix é um mini Unix, que Linux Torvalds usou como base nos estágio primários do desenvolvimento do Linux. Mas, o Minix filesytem possuía várias limitações, mesmo para a época. Os endereços dos blocos de dados tinham apenas 16 bits, o que permitia criar partições de no máximo 64 megabytes. Além disso, o sistema não permitia nomes de arquivos com mais de 14 caracteres. Não é de se estranhar que em pouco tempo o Linux ganharia seu sistema de arquivos próprio, o Extended File System, ou simplesmente EXT, que ficou pronto em Abril de 92 a tempo de ser incluído no Kernel 0.96c.

Nesta primeira encarnação, o EXT permitia a criação de partições de até 2 GB e suportava nomes de arquivos com até 255 caracteres. Foi um grande avanço, mas o sistema ainda estava muito longe de ser perfeito. Logo começariam a aparecer no mercado discos rígidos com mais de 2 GB e o sistema não tinha um bom desempenho, além da fragmentação dos arquivos ser quase tão grande quanto no sistema FAT. Em resposta a estes problemas, surgiu em Janeiro de 93, o EXT2 que finalmente viria a tornar-se o sistema de arquivos definitivo para o Linux.


O EXT2 trouxe o suporte a partições de até 4 Terabytes, manteve o suporte a nomes de arquivos com até 255 caracteres, além de vários outros recursos, que veremos a seguir. Uma coisa interessante é que no Linux os arquivos não precisam necessariamente ter uma extensão. É claro, possível ter extensões como .ps, .gif, etc. de facto, a maioria dos programas gera arquivos com extensões, como no Windows. A diferença é que no Linux, as extensões são apenas parte do nome do arquivo, não um item obrigatório. Por este motivo, é possível criar arquivos com vários caracteres após o ponto, ou mesmo não usar ponto algum. No Linux, o mais importante são os atributos do arquivo, são eles que fazem com que o arquivo seja executável ou não por exemplo.

Isto é mais seguro e traz uma flexibilidade maior, apesar de ser um pouco confuso no início.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto


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