quinta-feira, 24 de julho de 2008

Considerações sobre o ambiente

A vida depende do ambiente natural, com seus serviços ambientais funcionando perfeitamente, mesmo que não dê conta disso. Por acaso sente seu coração pulsar para alimentar as células do seu corpo ou o pulmão transferir oxigénio para o seu sangue e retirar o lixo gasoso (gás carbónico) ou o sistema de refrigeração da sua pele? Assim são os serviços ambientais, especialmente a estabilização da temperatura, a manutenção da humidade relativa do ar, a capacidade de produzir alimentos e de armazenar água disponível e outros.
Esta série de alertas procura mostrar de modo claro e directo quais são os seis elementos da natureza (solo, água, ar, flora, fauna e homem), que, somados à energia (luz solar, calor) e de forma integrada, influenciam a sua vida. Procura-se alertar, até desesperadamente, que voltar as costas para a conservação e a recuperação do mundo natural significa a morte dos mundos artificiais e virtuais em que tanta gente se refugia! Procura-se mostrar que os problemas ambientais que ocorrem são resultantes de acções globais (todos fazendo ou deixando de fazer a sua parte) de destruição da infraestrutura natural necessária para manter os serviços ambientais essenciais e da capacidade produtiva do ambiente natural.
A educação ambiental que altere a visão integrada de como devo me comportar na natureza e que altere os procedimentos para conservar e mesmo recuperar a estrutura e os serviços ambientais degradados da natureza e assim garantir nossa vida, a vida da espécie humana, é estratégica, é vital. Porém, isso não está sendo levado a sério nem pelos cidadãos e muito menos pelos seus representantes políticos. O que se verifica são acções de destruição em grande escala dos últimos redutos da natureza que ainda funcionam para manter a vida e a produção no País e no mundo.
Será que você, leitor, consegue perceber e reagir e levar os seus familiares e os seus amigos a promover um movimento que diga basta à destruição da natureza (da qual somos parte viva) e que exija e que participe da recuperação da natureza, a partir do seu quarteirão? Para o seu próprio bem e dos seus descendentes? Ou será que não tem tempo para reagir contra as acções de destruição e como consumidor dos produtos dessas acções destruidoras, aparece como grande incentivador dessas barbaridades (só porque é mais barato!), lançando uma cruel maldição sobre os seus descendentes e as gerações futuras? Está percebendo?
Reflicta, procure entender, reaja, não culpe os outros! Se quisermos ver acção, teremos nós mesmos de colocar a mão na massa! Gritar, articular, fazer, exigir dos governantes, não comprar produtos de empresas que degradam o ambiente, que usam mão-de-obra escrava ou mal remunerada! Você é defensor da vida! Então mostre! Lute pela vida! Educação ambiental é isso! Ver, entender, pensar e agir! Sozinho ou em grupo! Esperar só enferruja, adoece, stressa! Então, façamos acontecer! Você tem condições! A natureza, da qual você faz parte como se fosse uma célula, um elo da cadeia alimentar, espera a tua ajuda! Então, ajude a salvar a espécie humana na Terra! Comece pelo quarteirão onde vive. Depois expanda as suas acções naquilo em que acha que pode ajudar ou mesmo organizar iniciativas. Quando começar a querer, as coisas acontecem! Experimente!

“Você precisa ser a mudança que você quer ver no mundo” (Gandhi).

O homem sonha monumentos e só ruínas semeia para a pousada dos ventos. (Paulo Eiró)
 
Se os campos forem destruídos as cidades perecerão. (Benjamin Franklin)
A nação que destrói o seu solo, destrói a si mesmo. (Theodore Roosevelt)

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