sábado, 26 de julho de 2008

Redes

Existem várias arquitecturas de rede e novas são criadas a cada dia, mas felizmente, a tendência é que sempre um único ou alguns poucos padrões sobrevivam em cada área. 
O padrão Ethernet por exemplo se tornou quase omnipresente nas redes de cabo. Isso trouxe algo muito positivo, que foi a facilidade em montar redes. Como todas as placas são compatíveis e os cabos são padronizados, é muito fácil encontrar os componentes e o preço desceu muito.
Temos três padrões de redes Ethernet: de 10 megabits, 100 megabits e 1 gigabit. As placas são compatíveis, mas ao combinar placas de velocidades diferentes, a rede passa a operar na velocidade da placa mais lenta, a menos que você num switch, que é capaz de isolar as transmissões, permitindo que cada placa opere na sua velocidade, sem prejudicar as demais.

Mas, afinal, o que é um switch?
Um switch é uma espécie de irmão mais velho do hub, os dois tem a mesma função, ou seja, servir como um ponto central para a rede. Todas as placas de rede são ligadas ao hub ou switch e é possível ligar vários hubs ou switchs entre si caso necessário.
A diferença é que o hub apenas retransmite tudo o que recebe para todas as estações. Isto significa que apenas uma pode falar de cada vez e que todas precisam operar na mesma velocidade (sempre nivelada por baixo). Isto funciona bem em pequenas redes, mas conforme o número de PC's aumenta, o desempenho diminui rapidamente.
Surgem então os switchs, aparelhos mais inteligentes, que são capazes de estabelecer ligações apenas entre o emissor e o destinatário da transmissão. Isso permite que várias transmissões sejam feitas ao mesmo tempo (entre PC’s diferentes naturalmente) e cada placa pode operar na sua velocidade máxima. Usando switch o desempenho da rede mantém-se com um número muito maior de estações.
Finalmente, temos os roteadores, que são o topo da cadeia evolutiva. Os roteadores são ainda mais inteligentes, pois são capazes de interligar várias redes diferentes e sempre escolher a rota mais rápida para cada pacote de dados. Os roteadores podem ser desde um PC comum, com duas ou mais placas de rede até super computadores capazes de gerir milhares de links de alta velocidade. Os roteadores formam a espinha dorsal da Internet.

Finalmente, temos as redes sem fio, que estão em rápida ascensão, lideradas pelas placas 802.11n.
Isso mesmo, “802.11n”. Esqueceram-se de inventar um nome mais familiar para o padrão, mas enfim, o que importa é o que ele faz, não é mesmo?

Os transmissores 802.11n são bastante compactos, a ponto de caberem num cartão PC-Card, que pode ser instalado em qualquer notebook. Existem ainda placas para computadores de secretária, assim como adaptadores, que permitem usar os cartões em computadores de secretária.
Ao invés do Hub temos o ponto de acesso, que é capaz de centralizar as transmissões de dados de algumas dezenas de estações.

A velocidade é de 300 megabit, um pouco mais que as redes Ethernet de 100 megabits e o alcance varia entre 15 e 100 metros, dependendo dos obstáculos. A grandes distâncias o sinal se degrada e a velocidade de transmissão diminui, até o sinal se perder completamente.
Além dos notebooks, as interfaces 802.11n podem ser usadas em alguns PDA’s e tem tudo para se tornarem cada vez mais populares.

Os pontos de acesso quase sempre podem ser conectados a uma rede Ethernet já existente, unificando as duas redes. Isto permite que num escritório se possa ligar os desktops usando uma rede Ethernet convencional, que é mais rápida e mais barata e usar a rede sem fio apenas para os notebooks.
Além dos componentes físicos da rede serem quase sempre compatíveis, os sistemas operativos actualmente também são.

Com um pouco de conhecimento de causa, não terá maiores problemas para interligar um PC utilizando Windows, outro utilizando Linux e um Macintosh na mesma rede, trocar arquivos e compartilhar a conexão com a Internet entre eles.
 
 
Alguns termos que precisa ter em mente:

TCP/IP – É o principal protocolo de rede, usado na Internet e na grande maioria das rede locais. O protocolo é justamente a língua universal que permitem que vários sistemas diferentes possam conversar.

ICS – É o programa, presente no Windows 98 SE, Windows ME, Windows 2000, Windows XP e Windows Vista que permite partilhar a conexão com a Internet. Os clientes podem usar Linux, Mac OS ou vários outros sistemas, pois tudo é feito via TCP/IP, que é universal.

Partilha – Seja no Windows ou no Linux, tudo que for ser acedido por outros computadores da rede é chamado de partilha. Pode partilhar arquivos (pastas, ou até mesmo o disco rígido inteiro), CD-ROM, Impressora, etc. Da até para usar o PC remotamente, através do VNC.

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