terça-feira, 19 de junho de 2012

Myotis mystacinus, Morcego-de-bigodes

 
Taxonomia
Mammalia, Chiroptera, Vespertilionidae.

Tipo de ocorrência
Residente.
 
Classificação
INFORMAÇÃO INSUFICIENTE - DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente quanto ao tamanho da população e tendências de declínio.

Distribuição
Esta espécie parece distribuir-se desde a Irlanda, Norte da Península Ibérica e Marrocos até à Coreia e Japão; ocorre também nos Himalaias Ocidentais e Sul da China (Gerell 1999). No entanto, a distribuição não é clara devido à semelhança com outras espécies, o que por vezes resulta em identificações duvidosas.

Em Portugal, tem sido encontrada em áreas montanhosas no Norte e Centro do país (Palmeirim et al. 1999).

População
A população portuguesa consiste provavelmente em menos de um milhar de indivíduos, agrupados num reduzido número de colónias.

Na Europa, a sua abundância parece decrescer de norte para sul (Gerell 1999).

Em Portugal é uma das espécies mais difíceis de encontrar, o que resulta numa escassez de dados que impede a avaliação da tendência populacional.

Habitat
Parece criar em cavidades de árvores, fendas rochosas ou edifícios (Gerell 1999), embora hiberne em grutas e minas (Benzal et al. 1991). A única colónia de criação conhecida em Portugal abriga-se numa ponte. Caça predominantemente em áreas florestadas e sobre habitats dulciaquícolas (Nyholm 1965, Vaughan et al. 1997).

Factores de Ameaça
A perturbação dos indivíduos nos abrigos e o desaparecimento de áreas de floresta autóctone deverão estar entre os factores que potencialmente afectam esta espécie.

O uso generalizado de pesticidas poderá ser uma ameaça, dado que pode causar a diminuição da diversidade de presas e a contaminação dos morcegos por ingestão de insectos contaminados.

Medidas de Conservação
Dada a reduzida informação que existe sobre esta espécie no país, a sua conservação depende do desenvolvimento de acções de investigação para melhorar o conhecimento da distribuição, do efectivo e das tendências populacionais, que permitam avaliar a situação da espécie e planear medidas de conservação.

No entanto, a correcta gestão das zonas florestais de folhosas, com a preservação de árvores antigas, é essencial para a preservação desta espécie. Deve ser considerada a possibilidade de instalar caixas-abrigo em áreas de habitat favorável mas que não disponham de árvores com cavidades.

A racionalização do uso de pesticidas e a realização de acções de sensibilização poderão também beneficiar esta espécie.
in Livro Vermelho dos Vertebrados

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