domingo, 31 de outubro de 2010

Smith & Wesson 629 .44 Magnum Classic 8" - Tanaka

Eu estava calmamente navegando um dia pelas lojas airsoft, quando reparei que a Tanaka tinha lançado um novo revolver metalizado. Este não era o revolver Umbrella que atraiu muitas atenções, mas uma versão do S&W 629 com cano de 8".

Carregando um cano de 8", a Redwolf (com a sua habitual grandiosidade) afirma que é "facilmente o mais potente revolver de airsoft disponível" (ou qualquer coisa muito similar). Sendo um grande fan do 6.5", senti que tinha realmente de TER esta arma e a Guns N Guys (o fornecedor favorito) estava oferecendo-a com um excelente preço, fiz a encomenda de imediato!
 
Na caixa
A caixa foi modificada pela Guns N Guys para acomodar a corrediça de metal que encomendei para a minha G18C, mas basicamente a caixa e acessórios eram idênticos à versão 6,5" azulada que eu já tinha.
 
Tal como a arma , vinha um 'speedloader' da Tanaka (como muitos, eu normalmente não me importo com isso, coloco as BB's manualmente na abertura do cilindro), o essencial adaptador da válvula do gás (sabe bem saber que terei dois) e um fino O-Ring, que actualmente não faço ideia para que serve...

Primeiras impressões
O acabamento na arma metalizada é muito diferente da azulada. É muito próximo em aparência ao acabamento metalizado mate da Marushin Raging Bull e parece, pelo menos neste estado inicial, mais resistente que o azul (e, pelo que ouvi, o acabamento totalmente cromado).
 
O acabamento da arma é muito bom, no seu todo, e parece maior do que uma Raging Bull, no entanto suspeito que isto se deve ao cano mais fino. A arma vem com o que parece autênticos punhos de borracha Hogue, mas na arma verdadeira os punhos são rectos.

As peças metálicas externas incluem, as miras, o cão, o gatilho, o botão de segurança/fechar cilindro e o próprio cilindro.

Análise mais detalhada
Esta arma é tecnicamente muito similar ao meu M29 6.5" azulado. Além da cor e dos punhos Hogue, a diferença mais notável é o comprimento e forma do cano. Quando o 6.5" apenas tem uma curta cobertura para o pino do extractor (que, ao contrário dos das armas da UHC ou Marushin, não funciona), o Classic tem uma cobertura que se estende numa fina barra em todo o comprimento do cano.
 
O cano vem gravado com as legendas "Smith & Wesson" e ".44 Magnum" (isto debaixo da protecção do cano) no lado esquerdo e "629 Classic" no direito. A armação tem as mesmas marcas que o modelo 6.5 com o logo S&W debaixo do cão (parcialmente tapada pelo punho Hogue) e "Made in Japan" "Marcias Registradas" "Smith & Wesson" "Tanaka A S G K" debaixo umas das outras na parte baixa da armação no lado direito. 
O M629 é 100grs mais leve que o Taurus Raging Bull, apesar das suas dimensões similares e, no entanto melhor do que o Marushin, o punho Hogue (alguém sabe se é um genuíno? Se não é eles tiveram muito trabalho, reproduzindo até o número da patente) tem uma ligeira sensação de vazio nele. Talvez isto esteja na natureza daqueles punhos de borracha num revólver, pois os verdadeiros Hogues no meu JAC Hi Power não transmitem essa sensação. Por isso, rapidamente substitui os Hogue com os punhos em madeira maiores que podem ver em algumas destas fotos.

Num exame mais detalhado, é claro que o acabamento do cano não é perfeito. Existem ligeiras marcas de tinta 'primário laranja' e o que parecem ser pinceladas noutros locais. Isto não é óbvio e requer uma análise detalhada, mas o acabamento não está ao nível do acabamento excelente da versão azulada, no entanto, como eu já tinha observado, é muito mais resistente, não mostrando marcas da utilização inicial, ao contrário do azulado. O acabamento da armação, no entanto, parece ser quase perfeito.

Impressões de tiro
Eu lembro-me de disparar o meu 6.5" pela primeira vez e ser surpreendido pelo som, mas fui de novo surpreendido quando disparei o 8". Esta é de longe a arma de airsoft mais ruidosa que já ouvi.
 
Efectuei o meu teste standard de 5m usando BB's 0.25grs e gás AE Winter.
O primeiro tiro saiu baixo, provavelmente devido a não estar familiarizado com o balanço da arma e ter sido muito rápido com o primeiro tiro, mas depois de fixar a arma na minha mão, os seguintes 5 tiros agruparam-se muito próximos do ponto de mira, com um raio de 2 polegadas (5 cm). Mesmo o que saiu fora apenas aumentou isto para um raio de 3 polegadas.
 
A precisão do 8" ultrapassou as expectativas, sem nenhum dos problemas de alinhamento do cano interno que algumas pessoas mencionaram.

Conclusões
No geral, o 629 Classic 8" é outro magnifico revolver.
É ligeiramente inferior ao azulado (e provavelmente às armas cromadas), mas se quer um revolver metalizado onde o acabamento fica no coldre e outros locais, você vive com o facto de que a arma não passa numa análise standard com uma lupa. Comparada com a maioria das armas metalizadas, o acabamento continua a ser excelente e os punhos Hogue estão muito à frente dos do Marushin Raging Bull.

A performance é o ponto máximo do revolver Tanaka PEGASUS, duro, e mais uma vez, o 629 Classic deixa isso longe. A precisão é excelente, facilmente ao nível das melhores GBB's e com uma potência provavelmente um pouco superior.
 
O sistema PEGASUS - o gás vai no cilindro (aqui no cimo à direita) com BB's - 'Cápsulas' apenas para efeito e ficas no cilindro.

Eu comprei esta arma na Guns N Guys e eles estão vendendo-a a um excelente preço. Os revolveres Tanaka são armas de alta qualidade a excelentes preços, mas valem cada cêntimo.

Pessoalmente, eu acredito que a Tanaka, com os seus revolveres M29, faz as melhores armas de arisoft hoje disponíveis.

Peso : 840grs
Realismo : ****
Qualidade : ****
Potência : ******
Precisão : *****


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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

A chuva chegou

A chuva chegou em força ao litoral alentejano, estragando provavelmente os planos de muita gente para o fim de semana prolongado que se avizinha.

Mas nem todos os seres vivos se incomodam com esta alteração climática, um exemplo claro disso é o meu cão, que tranquilamente se mantém deitado no quintal, mantendo deserta a sua abrigada e seca casota.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Focagem

Falando em termos de óptica podemos dizer que focar é fazer coincidir os raios da luz que incidem na câmara num ponto chamado foco, que por sua vez coincidirá com o sensor da câmara.

Praticamente falando podemos dizer que focar é deixar nítido aquilo que está a uma distância concreta. Assim, se focamos alguém na realidade ficará focada essa pessoa e tudo o que se encontra à mesma distância da câmara que esta. Este conceito é importante. Quando focamos estamos focando uma distância. Assim, se focamos a uma distância e o sujeito se move antes de disparar, devemos re‐focar porque a distância do sujeito terá variado.
Existem outros conceitos que influem na nitidez dos objectos numa cena, como a profundidade de campo ou a distância hiperfocal, que veremos em temas posteriores.

Podemos utilizar a focagem manual e focar nós mesmos utilizando o dial da objectiva, ainda que geralmente é muito mais cómodo e rápido deixar que a câmara foque por nós. A maioria das vezes será mais precisa que os nossos “imperfeitos” olhos (que ninguém se sinta ofendido).

As câmaras antigas só permitiam autofocar no centro da cena. Sem dúvida as câmaras DSLR actuais dispõe de vários pontos onde podem focar. Isto facilita focar quando o nosso sujeito não está centrado na imagem, como na seguinte imagem.
 
Em modo automático pomos a câmara para que esta escolha por nós o ponto de focagem ou que o façamos nós mesmos. Este é o método mais preciso, se bem que aquelas fotografias onde haja muito movimento (por exemplo desportos) pode resultar especialmente difícil pararmos a escolher o ponto de focagem. Nesse caso é mais recomendável deixar que a câmara escolha por nós onde focar, que geralmente é o objecto mais próximo que coincida com um dos pontos de focagem. Sem dúvida, naqueles casos onde podemos parar um segundo a escolher o ponto de focagem é mais que recomendável fazê-lo. Na seguinte imagem vemos como no modo totalmente automático a câmara foca a mão de Mário porque é o que mais próximo tem. Sem dúvida, na minha opinião, o interesse está no olho, que é o que transmite. Aqui deveria haver escolhido manualmente o ponto de focagem e focar no olho. 
Que devemos focar? Pois isso depende da criatividade de cada um e da intenção do fotógrafo. Se bem que, geralmente se foca o objecto que queremos destacar sobre o resto. Também dependerá muito do tipo de fotografia. Em retratos se costuma focar os olhos, em paisagens se deve focar a distância hiperfocal para conseguir a máxima nitidez, etc…

No seguinte exemplo ajustei o ponto de focagem no olho. Se tivesse deixado a câmara escolher o ponto de focagem provavelmente teria focado as mãos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Outros processadores


Além dos processadores “principais” que vimos até agora, existiram alguns modelos lançados como processadores de baixo custo, alternativa de upgrade para quem tinha um processador antigo e não queria gastar muito.
486DLC e 486SLC

Estes dois processadores foram a tentativa da Cyrix de entrar no mercado de processadores de baixo custo, oferecendo uma opção barata de upgrade para usuários de microcomputadores 386 e também uma opção de processador para
microcomputadores de baixo custo, especialmente microcomputadores de menos de 1.000 dólares.

Estes processadores eram basicamente processadores 386 (respectivamente o DX e o SX), que incorporavam um pequeno cache L1 de apenas 1 KB. O cache não fazia milagres, mas já era o suficiente para aumentar um pouco o desempenho do processador, o que somado ao baixo preço de venda, foi suficiente para vários utilizadores investirem no upgrade, já que os 486DLC e SLC eram totalmente compatíveis com as placas para microcomputadores 386.

Vale a pena lembrar que, como o 386 padrão, estes processadores não possuíam coprocessador aritmético, podendo ser acoplados a eles o 387DCL ou o 387SLC, que deviam ser comprados separadamente.
 
Sob licença da Cyrix, a Texas Instruments desenvolveu versões próprias do 486DLC e SLC, preservando a mesma arquitectura, mas aumentando a quantidade de cache L1 para 8KB.
 
AMD 5x86

No início, a AMD produzia clones de processadores Intel, utilizando os projectos desenvolvidos pela Intel e pagando royalties em troca. Porém, devido a várias divergências, a aliança acabou sendo desfeita e a AMD passou a batalhar seus próprios projectos de processadores. Apesar de, durante muito tempo, a AMD ter tido que se contentar com um distante segundo lugar, produzindo basicamente processadores de baixo custo, actualmente ela vem competindo directamente com a Intel também no ramo de processadores de alto desempenho, conseguindo na maioria das vezes manter preços mais baixos que a concorrente.

Mas, voltando à nossa aula de história, depois que a Intel lançou o 486DX4-100, abandonou o desenvolvimento de processadores 486 para se dedicar somente ao desenvolvimento do Pentium. Com a intenção de apresentar um processador que possuísse um desempenho semelhante a um Pentium low end (os modelos mais lentos e baratos), mas que ao mesmo tempo tivesse um preço competitivo, a AMD continuou o desenvolvimento do seu processador 486, lançando uma versão de 120 MHz (que operava usando barramento de 40 MHz e multiplicador de 3x),e logo em seguida também uma versão de 133 MHz.

Por questões de Marketing, a AMD baptizou este 486 de 133 MHz de “AMD 5x86” o que confundiu alguns utilizadores, que pensaram tratar-se de um processador semelhante ao Pentium. O AMD 5x86 utilizava placas mãe para 486, necessitava apenas que a placa fosse capaz de sinalizar o multiplicador de 4x. O clock ficava em 33 MHz, totalizando seus 133 MHz.

Como o AMD 5x86 não passava de um 486 funcionando a 133 MHz, seu desempenho era pouco menos de 33% superior a um 486DX4-100, sendo mais ou menos equivalente ao de um Pentium de 75 MHz. Aliás, outra medida de marketing tomada pela AMD na época, foi criar um índice Pr, ou “Pentium Rating”, comparando o desempenho do 5x86 ao do Pentium. O 5x86 de 133 MHz recebeu o índice Pr 75, indicando possuir um desempenho semelhante ao apresentado por um Pentium de 75 MHz.

A AMD conseguiu fazer um razoável sucesso com este processador, já que além de ser sido muito usado em microcomputadores de baixo custo, o 5x86 passou a ser uma alternativa barata de upgrade para utilizadores de microcomputadores 486 com processadores mais lentos.
 
Cyrix Cx5x86

Além de desenvolver projectos de processadores 486, que foram fabricados pela Texas Instruments, a Cyrix lançou um processador que mistura recursos do 486 e do Pentium, oferecendo um desempenho bastante superior a um 486 padrão.

Este processador foi baptizado como Cx5x86, e apresentava um cache L1 de 16 KB, além de algumas outras melhorias que tornavam o seu desempenho cerca de 35% superior ao de um 486 do mesmo clock. A versão de 100 MHz do Cx5x86 possuía um desempenho equivalente ao 5x86 de 133 MHz da AMD e ao Pentium 75, enquanto a versão de 120 MHz rivalizava em desempenho com um Pentium 90.

Como o 5x86 da AMD, Cx5x86 era totalmente compatível com as placas mãe para 486, bastando configurar a placa com multiplicador de 3x e bus de 33 MHz para instalar a versão de 100 MHz e, 3x 40 MHz para utilizar a versão de 120 MHz.
 
AMD K5

Depois de muitos atrasos, a AMD finalmente conseguiu lançar um processador que pudesse concorrer directamente com o Pentium. O K5, porém, não chegou a tornar-se muito popular devido ao seu lançamento atrasado. Quando finalmente saíram as versões Pr 120 e Pr 133 do K5, a Intel já havia lançado as versões de 166 e 200 MHz do Pentium, ficando difícil a concorrência. Ao invés de simplesmente tentar copiar o projecto da Intel, a AMD optou por desenvolver um processador completamente novo, tecnicamente superior ao Pentium.

O K5 também utilizava uma arquitectura superescalar, mas ao invés de duas, possuía quatro canalizações. O cache L1 também foi ampliado, passando a ser de 24 KB, dividido em dois blocos, um de 16 KB para instruções e outro de 8 KB para dados.

O coprocessador aritmético porém não foi muito melhorado, apresentando um desempenho quase 50% inferior ao apresentado pelo coprocessador do Pentium, devido principalmente à ausência de Pipeline. Este acabou sendo o calcanhar de Aquiles do K5, que a AMD sempre fez o possível para tentar esconder. Mas, como na maioria das aplicações o K5 era bem mais rápido que o Pentium, a AMD optou novamente por vender seu processador segundo um índice Pr, que comparava o seu desempenho com o dos processadores Pentium:


Processador Frequência Real de Operação
K5-Pr 120 90 MHz (1.5x 60 MHz)
K5-Pr 133 100 MHz (1.5x 66 MHz)
K5-Pr 166 116 MHz (1.75x 66 MHz)
Pentium Overdrive  

Como fez com os antigos 386 SX, a Intel lançou (ou pelo menos tentou, pois este processador nunca chegou a ser muito vendido) também um Pentium “low cost”. Este processador, apesar de internamente ter um funcionamento idêntico a um Pentium, utilizava placas mãe para processadores 486, sendo por isso chamando de Overdrive. A Intel lançou o Overdrive em versões de 63 MHz (25 MHz x 2.5) e 83 MHz (33 MHz x 2.5) mas, por utilizarem placas de 486, que operam a frequências muito mais baixas e acedem a memória a apenas 32 bits, estes processadores perdem feio em performance se comparados com um Pentium “de verdade”. O Overdrive de 63 MHz apresentava performance idêntica ao 486DX4-100, enquanto o de 83 MHz empatava com o 5x86 de 133 MHz da AMD. 
Além da baixa performance, o Overdrive era extremamente caro (por isso usei o low cost entre aspas no parágrafo anterior :-), e acabou sendo uma péssima opção de compra. Em termos de custo-beneficio, o 5x86 da AMD foi uma opção muito melhor. Mesmo após este primeiro fracasso, a Intel continuou tentando lançar sucessivamente vários processadores Overdrive, entre eles uma versão do MMX que funcionava em placas socket 7 antigas e uma versão do Pentium II que funcionava em placas mãe para Pentium Pro. Apesar da propaganda feita por alguns “especialistas” nenhum destes modelos de Overdrive foi uma opção de compra que sequer merecesse ser considerada, pois devido à baixa procura e consequentemente à baixa produção, sempre custaram muito mais caro do que processadores equivalentes. 
Um tal de 186

O 8086 foi o pai do 8088, que equipou os primeiros PCs. Depois vieram os processadores 286, que também conhecemos bem. Mas, entre as duas gerações, existiu um modelo intermediário, pouco conhecido, mas igualmente importante. O 80186 é uma evolução do 8086, que trouxe algumas instruções novas e um sistema de tolerância à falhas. Apesar de não ter sido usado como processador em microcomputadores PC, o 80186 tornou-se um componente bastante popular, sendo usado em controladores de HDs, controladores de interrupção entre vários outros periféricos.

in Manual de Hardware Completo
de Carlos E Marimoto

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Acrocephalus scirpaceus, Rouxinol-dos-caniços, Rouxinol-pequeno-dos-caniços

Taxonomia
Aves, Passeriformes, Sylviidae.

Tipo de ocorrência
Estival nidificante.

Classificação
QUASE AMEAÇADO . NT* (D2)
Fundamentação: Espécie associada a caniçais de média ou de grande extensão, pouco representados em Portugal, que pode apresentar uma área de ocupação muito restrita.
Na adaptação à escala regional, desceu uma categoria, por se admitir que a população em Portugal poderá ser alvo de imigração significativa das regiões vizinhas e por não ser de esperar que essa imigração possa vir a diminuir.

Distribuição
Como nidificante, distribui-se por quase toda a Europa, à excepção das zonas mais setentrionais; encontra-se também no Norte de África e nalguns sectores ocidentais da Ásia (Cramp 1992). Inverna na África subsariana.

Em Portugal, encontra-se ao longo de toda a franja litoral, penetrando para o interior no Ribatejo e no Alto Alentejo e, pontualmente, noutras regiões também. A área efectivamente ocupada por esta espécie, quase exclusivamente ligada a caniçais de média ou de grande extensão, é extremamente restrita.

População
A população nacional foi estimada como sendo superior a 2.500 indivíduos. Durante a realização dos trabalhos do Novo Atlas, encontrou-se em 112 quadrículas de 10x10 km (ICN, dados não publicados). Parece razoável admitir que existirão, em média, pelo menos 25 indivíduos maturos por quadrícula. Na Lagoa de Santo André encontraram-se entre 4,7 e 8,3 casais por hectare, em diversos tipos de caniçal, e até 7,3 casais por km de margem (note-se que as densidades reais são mais baixas, pois não se contabilizou a área sem vegetação palustre utilizada por estas aves (Catry 1997)); a população total dessa área em 1992 foi estimada em 82 casais (Catry 1993). No estuário do Tejo, verificaram-se densidades variando entre 6,1 e 19,9 casais/10 ha em dois tipos de caniçais (Leitão et al. 1998).

Não existem dados concretos que indiquem um decréscimo populacional desta espécie. No entanto, tem havido, ao longo das últimas décadas, uma tendência para a redução da extensão do habitat, com uma progressiva degradação e fragmentação das áreas de caniçal mais vastas. É pois de admitir que a população de rouxinol-dos-caniços tenha vindo a sofrer um decréscimo pouco acentuado.

Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Não Ameaçada (BirdLife International 2004).

Esta ave em Espanha está classificada como Pouco Preocupante (LC) (Madroño et al. 2004) e não estão documentadas regressões populacionais para esse país (Gainzarain 2003), o que leva a admitir um risco de extinção em Portugal mais reduzido, tendo-se descido uma categoria na adaptação regional.

Habitat
Habita quase exclusivamente caniçais Phragmites australis de extensão média ou grande, sendo geralmente escasso ou ausente em manchas de caniço muito pequenas ou noutros povoamentos de vegetação palustre (e.g. Catry 1997).

Factores de Ameaça
A drenagem ou degradação das zonas húmidas em geral, e dos caniçais em particular, constituem a principal ameaça conhecida para esta espécie em Portugal. A perda de caniçais devido à sucessão natural e ao assoreamento também são factores a considerar.

Como todos os migradores estivais, o rouxinol-dos-caniços poderá também sofrer com alterações nos habitats de invernada em África, nomeadamente decorrentes de alterações climáticas.

Medidas de Conservação
A conservação e gestão activa dos caniçais é fundamental para esta espécie. Embora grande parte do habitat, a nível nacional, se encontre em zonas húmidas com algum estatuto de protecção, a verdade é que praticamente não têm tido lugar acções que visem a manutenção dos caniçais (por exemplo, controle do pastoreio e da sucessão natural, investigação que esclareça as causa da degradação dos caniçais, gestão adequada dos níveis de água, etc.).

Notas
Em Portugal ocorrem também aves em migração de passagem, em números francamente mais expressivos do que os da população reprodutora (Catry et al. 2004).

in Livro Vermelho dos Vertebrados

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O Nosso Objectivo

No Exército temos alguns pontos que almejam o treinamento de nossos homens, mas ao longo dos anos os passos do treinamento se tornaram tão absorventes e importantes que em muitos casos a visão do objectivo se perdeu.
Por exemplo, veja o exercício da espada. Neste, vários recrutas são instruídos no uso da espada para se tornarem bons esgrimistas. Eles são colocados em uma quadra e treinados para permanecer em certas posições e desenvolver certos ataques, defesas e esquivas, conforme um plano estabelecido. Tão logo façam isto com perfeição em conjunto – e isso é trabalho de meses para conseguir – são declarados eficientes espadachins, mas não podem enfrentar um inimigo mais do que minha botina. O objectivo da instrução foi negligenciado pelo desenvolvimento dos passos em si. 
Espero que este mesmo engano nunca seja cometido por nós nos Escuteiros. Nós temos sempre que manter nosso grande objectivo diante de nós e fazer nossos passos conduzirem a ele. O objectivo é fazer de nossa raça uma nação de trabalhadores energéticos e capazes, bons cidadãos, seja para a vida na Inglaterra ou ultramar.
O melhor princípio para este fim é conseguir com que os jovens aprendam por eles mesmos dando-lhes um currículo atraente, em lugar de martelá-los com alguma forma de instrução de “moer os ossos”. Temos de lembrar que a maioria dos jovens estão cansados com horas de escola ou seminário, e o nosso treinamento deve, portanto, ser em forma de recreação e ao ar livre sempre que possível.
Esse é o objectivo de nossos distintivos e jogos, nossos exemplos e padrões.

Se você ler do princípio ao fim o Scouting for Boys mais uma vez, com o Grande Objectivo diante de você, verá o significado mais claramente.
E o grande objectivo significa não só a prática de “contribuir e fazer” com seus próprios dirigentes, mas também com outras organizações que trabalham no mesmo sentido.

Em um grande movimento para um grande objectivo não há lugar para pequenos esforços pessoais, temos que afundar ideias menores e nos abraçar em uma grande associação para lidar efectivamente com o todo.

Nós Escuteiros somos jogadores de um mesmo time com a Boys’s Brigade (Brigada de Rapazes, Church Lads (Jovens da Igreja), YMCA (Young Man Chisthian Association – Associação Cristã de Moços), Departamento de Educação e outros. Cooperação é o único modo de se obter sucesso. 
Maio de 1910.
Pensamentos de B-P
contribuições de Baden-Powell para "The Scout"

sábado, 23 de outubro de 2010

U-314 Ultimate Elite Precision Sniper Rifle


Existem muitos jogadores de airsoft que estão muito interessados em obter uma espingarda de sniper, mas não o fazem porque a maioria das espingardas boas tem preços muito elevados. Mas não existe nenhuma razão para desesperar, porque produtos acessíveis estão no mercado para tirarem vantagem. Enquanto que eles obviamente não são tão bons como os produtos com preços muito mais elevados, eles podem no entanto fazer o seu trabalho. Uma dessas opções é o U-314 Ultimate Elite Precision Sniper Rifle, uma espingarda de mola com muita potência e precisão.

É importante para uma espingarda de sniper, dispor de FPS elevados, pois essa é a forma de as utilizar a maior distância e com mais precisão. A U-314 não é fraca nesse campo, pois pode disparar a 400 fps. Esse valor só por si não é nada do outro mundo se não houver um cano de qualidade para o suportar, e esta espingarda de certeza que o tem. Com uma cano de metal de precisão de uma peça, você nunca terá de se preocupar com o facto de o cano ficar danificado e falhar o alvo.

Uma característica muito interessante desta espingarda de mola é a acção do ferrolho e a ejecção realista da cápsula. Isto faz parecer que está disparando uma espingarda de sniper real, e no entanto esta característica não melhora necessariamente a performance do produto, apenas fica bem. Como muitas espingardas de sniper não tem esta capacidade, você pode realmente sobressair da multidão ao levar este produto para o próximo jogo em que participar.

Como disse, esta é extremamente acessível, custando apenas perto de noventa dólares, no entanto algumas lojas vendem-na por um pouco mais. Tenha em atenção que este custo não cobre uma mira telescópica, assim terá de a comprar à parte. Mas como existem um sistema de rail, poderá facilmente instalar a mira, e pode também comprar este produto em qualquer lugar que compre a espingarda, assim não é difícil adicioná-lo ao seu equipamento. Com outra experiência, você poderá usar esta tal como qualquer outro tipo de sniper, só é preciso prática!

Reviewed by: Justin Kander