O mundo das armas de fogo viveu, especialmente nestes últimos anos mas também nas duas décadas mais recentes, uma revolução significativa nos processos fabris, a aplicação de técnicas informáticas nos desenhos ou, entre outros factores, a incorporação de novos materiais sintéticos, boa parte deles derivados do plástico no que é a própria elaboração dos desenhos.
A aplicação combinada desses conceitos, e de outros que também foram chaves na evolução mais recente, permitiu criar armas, sistemas ou complementos que pouco ou nada tem que ver com aqueles que por muitas décadas copiaram o mercado do âmbito profissional ou a satisfazer os pedidos surgidos desde o campo desportivo.
Recordo uns artigos que li em princípios dos anos 80, nos quais se avaliava um Steyr AUG. A sua carcaça de polímero, bem como a sua configuração “bullpup” e outros detalhes, chamavam a atenção, mas muitos tinham dúvidas sobre a sua robustez e capacidade no campo de batalha. Para demonstrar que podiam aguentar se os submergia em água, enterrava, congelava… para logo dispará-los.
A aparência que teria outra arma austríaca, a pistola Glock, levou muitos a descartá-la no principio porque diziam que era uma arma destinada a não sobreviver no tempo. Mas a sua armação sintética demonstrou ser tão ou mais capaz que os realizados em alumínio ou aço. É mais, muitos desenhos posteriores copiaram o seu “conceito” e soluções, demonstrando a sua indiscutível validez, quando já se aproxima dos 30 anos de idade.
Tecnologia e materiais
Chegado a este ponto, perguntar-se-á o leitor e para quê tanto finca-pé nos materiais compostos e na tecnologia de vanguarda? Pois sim, tudo tem um porquê. Nestas páginas lhes vamos apresentar um desenho que junta boa parte das conclusões que se obtiveram de aplicar algumas dessas mudanças tão significativas como positivas.
Neste caso, não se trata de uma arma, sim de um conjunto de transformação desenhado em principio para gerar um sistema com capacidades similares a das dos subfusis mais evoluídos e com uma série de qualidades que, em determinados casos, permitam substituir os modelos mais compactos. É o RONI, e foi preparado por técnicos hebreus, que pelas condições que se vivem no seu país, desenvolveram uma série de pautas para desenhar armas eficazes.
O meu contacto com este sistema, incluídas várias sessões de tiro, se produziu nos EUA, onde a empresa EMA Tactical, sua distribuidora ali, convidou a ARMAS a assistir a umas avaliações e a realizar boa parte das imagens que acompanham estas páginas.
A patente pertence a Command Arms Accesories (CAA). O produto que oferecem consiste numa evoluída carcaça realizada combinando elementos sintéticos moldados e peças de alumínio mecanizadas com maquinaria de controle numérico.
Foi concebida para situar no seu interior, de forma rápida e simples, uma pistola. A primeira opção neste sentido, que deu lugar à configuração RONI G1, concebeu-se para a Glock. A sua grande difusão internacional e o facto de que se mantém entre os primeiros postos de vendas, os levou a seleccioná-la. Unindo pistola e carcaça obtém-se um conjunto similar a uma arma longa, ainda que na realidade a capacidade da pistola se mantenha inalterada. Não obstante, se se obtém algumas modificações na capacidade prática, como é o caso da precisão. Se considera o alcance eficaz de uma arma curta num raio de uns 25 m, algo mais nas mãos de atiradores especializados, uma distância que com este conjunto poderia ampliar-se até aos 50 ou 75 metros.
É fácil entender que a forma como o atirador empunha, encara e apoia a arma é muito diferente ao que se consegue com uma pistola, conseguindo que os disparos sejam mais certeiros. Além disso, na parte superior do RONI existe um rail no qual pode colocar módulos de pontaria compactos.
Se a precisão é uma das bases positivas deste “kit”, também se melhoram as qualidades ergonómicas da arma básica. Sem dúvida a mudança dá origem a uma arma muito mais volumosa e menos discreta, mas oferecem-se uma série de capacidades que podem ser muito interessantes para determinados utilizadores.
Mas recorramos “fisicamente” este sistema. Primeiro a boca de fogo, com várias aberturas na sua parte superior para compensar a já de si mínima elevação do conjunto. Dizemos mínima tendo em conta as nossas provas, porque o Roni, com arma, se situa em torno dos dois quilogramas, massa mais que suficiente para fazer que o disparo da Glock de 9 Para seja muito mais que controlável em todos os casos, e à margem do incomparável controle do atirador a respeito do uso de qualquer arma corta. A isso também ajuda um elemento que se encontra na parte dianteira inferior, um punho amovível que se pode usar como empunhadura.
Pensando naqueles colectivos profissionais que não tenham limitação no emprego do sistema Roni, de assinalar que se fizeram provas com as Glock 18 “automáticas”, demonstrando-se como uma das melhores opções para unidades de elite ou de escoltas que poderiam estar já usando-o.
Seguindo o corpo encontramos três rail's Picatinny tipo standard para fixar distintos complementos e acessórios. Dois, de uns 7 cm, estão colocados nos lados, logo atrás da boca de fogo e sobre o punho. A sua localização os faz idóneos para situar distintos sistemas de iluminação e pontaria laser, equipamento que facilitará uma maior capacidade resolutiva para unidades policiais ou militares. Um terceiro rail, de 6 cm e situado na parte inferior, recebe o punho, ainda que ali poderiam acoplar-se outros complementos.
Além desses três há um quarto, também de alumínio mecanizado, na parte superior da carcaça e de 24 cm. Nele se situam visores de ponto vermelho ou similares. Quando testámos o RONI montava um Aimpoint “Micro”, solução óptima pela sua ligeireza e pequeno tamanho, além de que a sua capacidade de regulação está pensada para todo tipo de cenários. Em algumas configurações seria bom combinar os sistemas de pontaria ópticos ou optrónicos com miras fixas, pelo que as combinações de ponto e alça de tipo “flip up” (desmontáveis à vontade), são muito interessantes.
Também encontramos típicos orifícios nos quais se pode colocar fixadores para a sempre útil correia portafusil. Outros, mais pequenos, estes servirão para fixar um caça cápsulas no lado direito. É útil em acções que tenham lugar em situações nas que as cápsulas podem prejudicar a acção do próprio atirador ou a dos seus companheiros, como pode suceder em todo o tipo de veículos. A culatra está concebida para que se adapte ao emprego de coletes antibala, cobrindo o corpo sem ter que realizar nenhum ajuste. É regulável em longitude, em cinco posições, e incorpora uma peça que actua de carrilheira. Na zona dianteira inferior foi colocado um prático elemento pensado para fixar um carregador de recarga.
Características próprias
Outras qualidades vem definidas pelos complementos que se oferecem para o sistema. De novo pensando nos utilizadores profissionais, um é o supressor sónico. Podem-se acoplar aqueles que não sobrepassem o diâmetro de 35,5 mm e a sua fixação se fará em substituição do tapa-chamas.
Outros acessórios incluem o recolhe-cápsulas antes mencionado, o conjunto TPS/FRS de miras mecânicas tipo “flip-up”, dois suportes distintos para acoplar lanternas de diferente diâmetro, correia portafusil e até carregadores que são cópia dos da Glock e tem capacidade para 15, 17 ou 33 cartuchos.
Para integrar a pistola no Roni só requer uns poucos segundos. Há que actuar sobre típicos passadores, pressionar sobre o elemento de bloqueio da culatra – na parte superior da coronha –, esticá-la e abrir o punho. Então pode-se bascular até ao lado esquerdo a metade do sistema. Situamos uma peça que se encontra na parte anterior da pistola – é o elemento que permite montar a arma desde alavancas ambidextras–, acoplándo-a nas moscas da culatra das Glock. Introduzimos a arma na carcaça e a fechamos, posicionando os dois passadores no seu lugar. Alguns pequenos ajustes, como o pivotar até dentro a peça que conforma a boca de fogo, são necessários em função do modelo de Glock que se emprega, mas em todo o caso é rápido e muito simples, sem requerer ferramentas.
Segundo os dados que nos cedeu a EMA Tactical, de momento se estão distribuindo exemplares que se adaptam às pistolas Glock. Um permite combiná-la com os modelos: 17, 19, 22, 23, 24, 31 e 32. Outro se adapta bem às de tamanho grande: os modelos G34 e G35, porque há uma terceira opção específica para a G18 que pode disparar em rajadas. Em todo o caso, assinalar que o fabricante definiu que se trata de modelos Glock com rail na sua armação, elemento que facilita o acoplamento com o RONI.
O “kit” mais popular é o designado G1, geralmente em cor negra, ainda que para o âmbito militar oferece-se em verde e em tom areia claro. Sobre a base dessa combinação de três cores distintas, estão preparando já as versões SI1, para armas Sig Sauer, SP1 para as XD da Springfield, e a IR1, optimizada para a “Jericho”. Também, durante as nossas provas, podemos ver un protótipo para com a HK USP.
O peso do kit é de uns 1.300 gr. O seu comprimento é de 47 cm com a culatra fechada e de 55 com esta aberta. A sua grossura é de 7,5 cm e a altura 19. Combinando-o com uma G17 a arma pesa uns 2 Kg, uns 30% menos que os subfusis do tipo MP5 e é muito mais compacto por o tipo de carregadores que emprega.
Sobre as capacidades, recordar as que afectam a precisão, a ergonomia ou a versatilidade. A primeira já nos referimos, assinalando a sua vantagem sobre alvos situados a 50 ou mais metros. Da segunda, podemos comentar que com uma só arma, o que melhora a logística, podemos aumentar a capacidade operativa a curta e a média distância, usando os mesmos carregadores que a pistola que leve o utilizador, o que consegue poupanças na aquisição de equipamentos e em manutenção. De assinalar que o custo deste conjunto é muito inferior ao de um subfusil clássico, o que redunda desde o ponto de vista do custo-eficiência. Além disso, deveria ter-se em conta a melhor aplicação em situações de alto nível de stress quando quem o emprega se treinou com um único modelo de arma e não com vários, como é o mais habitual.
Podemos concretizar que pode empregar-se com o punho montado ou desmontado e que a sua precisão é sem dúvida muito melhor que a obtida desde a própria pistola, e que também pode disparar-se com uma só mão. Além disso, deveria ter-se em conta o inegável factor de dissuasão que gerará ante quem o veja empunhado perante eles, muito maior que o produzido por uma pistola semiautomática.
Acabaremos assinalando que com RONI se pode obter uma arma tipo PDW (Personal Defense Weapon), agora tão em voga no âmbito profissional. Também uma carabina divertida e económica que satisfaça aos civis, onde não lhes está vedado o seu uso. No caso espanhol, que conhecemos, não está autorizada a transformação de uma arma curta em longa. É uma incongruência do actual Regulamento de Armas, pois quem legalmente possui uma das pistolas anteriormente designadas poderia ficar mais que satisfeito com as prestações do sistema. Que vamos fazer? As coisas são aqui assim! Só pode possuir-se legalmente como elemento de ornamentação ou para usá-lo em armas que não sejam de fogo, como as de Airsoft, colectivo onde mais de um poderia sentir-se atraído pela novidade que aqui lhes mostramos. Também poderiam usá-lo unidades profissionais, que não tenha as limitações que afectam o ambiente civil. Os espanhóis que desejem efectuar a sua compra, fazem-nos facilmente. Por uns quinhentos euros está disponível na firma NIDEC – www.nidec.es –, onde podem recolher informação do mesmo, deixando claras desde estas páginas as limitações legais expostas que podem afectar o emprego de uma arma curta como longa.
A aplicação combinada desses conceitos, e de outros que também foram chaves na evolução mais recente, permitiu criar armas, sistemas ou complementos que pouco ou nada tem que ver com aqueles que por muitas décadas copiaram o mercado do âmbito profissional ou a satisfazer os pedidos surgidos desde o campo desportivo.
Recordo uns artigos que li em princípios dos anos 80, nos quais se avaliava um Steyr AUG. A sua carcaça de polímero, bem como a sua configuração “bullpup” e outros detalhes, chamavam a atenção, mas muitos tinham dúvidas sobre a sua robustez e capacidade no campo de batalha. Para demonstrar que podiam aguentar se os submergia em água, enterrava, congelava… para logo dispará-los.
A aparência que teria outra arma austríaca, a pistola Glock, levou muitos a descartá-la no principio porque diziam que era uma arma destinada a não sobreviver no tempo. Mas a sua armação sintética demonstrou ser tão ou mais capaz que os realizados em alumínio ou aço. É mais, muitos desenhos posteriores copiaram o seu “conceito” e soluções, demonstrando a sua indiscutível validez, quando já se aproxima dos 30 anos de idade.
Tecnologia e materiais
Chegado a este ponto, perguntar-se-á o leitor e para quê tanto finca-pé nos materiais compostos e na tecnologia de vanguarda? Pois sim, tudo tem um porquê. Nestas páginas lhes vamos apresentar um desenho que junta boa parte das conclusões que se obtiveram de aplicar algumas dessas mudanças tão significativas como positivas.
Neste caso, não se trata de uma arma, sim de um conjunto de transformação desenhado em principio para gerar um sistema com capacidades similares a das dos subfusis mais evoluídos e com uma série de qualidades que, em determinados casos, permitam substituir os modelos mais compactos. É o RONI, e foi preparado por técnicos hebreus, que pelas condições que se vivem no seu país, desenvolveram uma série de pautas para desenhar armas eficazes.
O meu contacto com este sistema, incluídas várias sessões de tiro, se produziu nos EUA, onde a empresa EMA Tactical, sua distribuidora ali, convidou a ARMAS a assistir a umas avaliações e a realizar boa parte das imagens que acompanham estas páginas.
A patente pertence a Command Arms Accesories (CAA). O produto que oferecem consiste numa evoluída carcaça realizada combinando elementos sintéticos moldados e peças de alumínio mecanizadas com maquinaria de controle numérico.
Foi concebida para situar no seu interior, de forma rápida e simples, uma pistola. A primeira opção neste sentido, que deu lugar à configuração RONI G1, concebeu-se para a Glock. A sua grande difusão internacional e o facto de que se mantém entre os primeiros postos de vendas, os levou a seleccioná-la. Unindo pistola e carcaça obtém-se um conjunto similar a uma arma longa, ainda que na realidade a capacidade da pistola se mantenha inalterada. Não obstante, se se obtém algumas modificações na capacidade prática, como é o caso da precisão. Se considera o alcance eficaz de uma arma curta num raio de uns 25 m, algo mais nas mãos de atiradores especializados, uma distância que com este conjunto poderia ampliar-se até aos 50 ou 75 metros.
É fácil entender que a forma como o atirador empunha, encara e apoia a arma é muito diferente ao que se consegue com uma pistola, conseguindo que os disparos sejam mais certeiros. Além disso, na parte superior do RONI existe um rail no qual pode colocar módulos de pontaria compactos.
Se a precisão é uma das bases positivas deste “kit”, também se melhoram as qualidades ergonómicas da arma básica. Sem dúvida a mudança dá origem a uma arma muito mais volumosa e menos discreta, mas oferecem-se uma série de capacidades que podem ser muito interessantes para determinados utilizadores.
Mas recorramos “fisicamente” este sistema. Primeiro a boca de fogo, com várias aberturas na sua parte superior para compensar a já de si mínima elevação do conjunto. Dizemos mínima tendo em conta as nossas provas, porque o Roni, com arma, se situa em torno dos dois quilogramas, massa mais que suficiente para fazer que o disparo da Glock de 9 Para seja muito mais que controlável em todos os casos, e à margem do incomparável controle do atirador a respeito do uso de qualquer arma corta. A isso também ajuda um elemento que se encontra na parte dianteira inferior, um punho amovível que se pode usar como empunhadura.
Pensando naqueles colectivos profissionais que não tenham limitação no emprego do sistema Roni, de assinalar que se fizeram provas com as Glock 18 “automáticas”, demonstrando-se como uma das melhores opções para unidades de elite ou de escoltas que poderiam estar já usando-o.
Seguindo o corpo encontramos três rail's Picatinny tipo standard para fixar distintos complementos e acessórios. Dois, de uns 7 cm, estão colocados nos lados, logo atrás da boca de fogo e sobre o punho. A sua localização os faz idóneos para situar distintos sistemas de iluminação e pontaria laser, equipamento que facilitará uma maior capacidade resolutiva para unidades policiais ou militares. Um terceiro rail, de 6 cm e situado na parte inferior, recebe o punho, ainda que ali poderiam acoplar-se outros complementos.
Além desses três há um quarto, também de alumínio mecanizado, na parte superior da carcaça e de 24 cm. Nele se situam visores de ponto vermelho ou similares. Quando testámos o RONI montava um Aimpoint “Micro”, solução óptima pela sua ligeireza e pequeno tamanho, além de que a sua capacidade de regulação está pensada para todo tipo de cenários. Em algumas configurações seria bom combinar os sistemas de pontaria ópticos ou optrónicos com miras fixas, pelo que as combinações de ponto e alça de tipo “flip up” (desmontáveis à vontade), são muito interessantes.
Também encontramos típicos orifícios nos quais se pode colocar fixadores para a sempre útil correia portafusil. Outros, mais pequenos, estes servirão para fixar um caça cápsulas no lado direito. É útil em acções que tenham lugar em situações nas que as cápsulas podem prejudicar a acção do próprio atirador ou a dos seus companheiros, como pode suceder em todo o tipo de veículos. A culatra está concebida para que se adapte ao emprego de coletes antibala, cobrindo o corpo sem ter que realizar nenhum ajuste. É regulável em longitude, em cinco posições, e incorpora uma peça que actua de carrilheira. Na zona dianteira inferior foi colocado um prático elemento pensado para fixar um carregador de recarga.
Características próprias
Outras qualidades vem definidas pelos complementos que se oferecem para o sistema. De novo pensando nos utilizadores profissionais, um é o supressor sónico. Podem-se acoplar aqueles que não sobrepassem o diâmetro de 35,5 mm e a sua fixação se fará em substituição do tapa-chamas.
Outros acessórios incluem o recolhe-cápsulas antes mencionado, o conjunto TPS/FRS de miras mecânicas tipo “flip-up”, dois suportes distintos para acoplar lanternas de diferente diâmetro, correia portafusil e até carregadores que são cópia dos da Glock e tem capacidade para 15, 17 ou 33 cartuchos.
Para integrar a pistola no Roni só requer uns poucos segundos. Há que actuar sobre típicos passadores, pressionar sobre o elemento de bloqueio da culatra – na parte superior da coronha –, esticá-la e abrir o punho. Então pode-se bascular até ao lado esquerdo a metade do sistema. Situamos uma peça que se encontra na parte anterior da pistola – é o elemento que permite montar a arma desde alavancas ambidextras–, acoplándo-a nas moscas da culatra das Glock. Introduzimos a arma na carcaça e a fechamos, posicionando os dois passadores no seu lugar. Alguns pequenos ajustes, como o pivotar até dentro a peça que conforma a boca de fogo, são necessários em função do modelo de Glock que se emprega, mas em todo o caso é rápido e muito simples, sem requerer ferramentas.
Segundo os dados que nos cedeu a EMA Tactical, de momento se estão distribuindo exemplares que se adaptam às pistolas Glock. Um permite combiná-la com os modelos: 17, 19, 22, 23, 24, 31 e 32. Outro se adapta bem às de tamanho grande: os modelos G34 e G35, porque há uma terceira opção específica para a G18 que pode disparar em rajadas. Em todo o caso, assinalar que o fabricante definiu que se trata de modelos Glock com rail na sua armação, elemento que facilita o acoplamento com o RONI.
O “kit” mais popular é o designado G1, geralmente em cor negra, ainda que para o âmbito militar oferece-se em verde e em tom areia claro. Sobre a base dessa combinação de três cores distintas, estão preparando já as versões SI1, para armas Sig Sauer, SP1 para as XD da Springfield, e a IR1, optimizada para a “Jericho”. Também, durante as nossas provas, podemos ver un protótipo para com a HK USP.
O peso do kit é de uns 1.300 gr. O seu comprimento é de 47 cm com a culatra fechada e de 55 com esta aberta. A sua grossura é de 7,5 cm e a altura 19. Combinando-o com uma G17 a arma pesa uns 2 Kg, uns 30% menos que os subfusis do tipo MP5 e é muito mais compacto por o tipo de carregadores que emprega.
Sobre as capacidades, recordar as que afectam a precisão, a ergonomia ou a versatilidade. A primeira já nos referimos, assinalando a sua vantagem sobre alvos situados a 50 ou mais metros. Da segunda, podemos comentar que com uma só arma, o que melhora a logística, podemos aumentar a capacidade operativa a curta e a média distância, usando os mesmos carregadores que a pistola que leve o utilizador, o que consegue poupanças na aquisição de equipamentos e em manutenção. De assinalar que o custo deste conjunto é muito inferior ao de um subfusil clássico, o que redunda desde o ponto de vista do custo-eficiência. Além disso, deveria ter-se em conta a melhor aplicação em situações de alto nível de stress quando quem o emprega se treinou com um único modelo de arma e não com vários, como é o mais habitual.
Podemos concretizar que pode empregar-se com o punho montado ou desmontado e que a sua precisão é sem dúvida muito melhor que a obtida desde a própria pistola, e que também pode disparar-se com uma só mão. Além disso, deveria ter-se em conta o inegável factor de dissuasão que gerará ante quem o veja empunhado perante eles, muito maior que o produzido por uma pistola semiautomática.
Acabaremos assinalando que com RONI se pode obter uma arma tipo PDW (Personal Defense Weapon), agora tão em voga no âmbito profissional. Também uma carabina divertida e económica que satisfaça aos civis, onde não lhes está vedado o seu uso. No caso espanhol, que conhecemos, não está autorizada a transformação de uma arma curta em longa. É uma incongruência do actual Regulamento de Armas, pois quem legalmente possui uma das pistolas anteriormente designadas poderia ficar mais que satisfeito com as prestações do sistema. Que vamos fazer? As coisas são aqui assim! Só pode possuir-se legalmente como elemento de ornamentação ou para usá-lo em armas que não sejam de fogo, como as de Airsoft, colectivo onde mais de um poderia sentir-se atraído pela novidade que aqui lhes mostramos. Também poderiam usá-lo unidades profissionais, que não tenha as limitações que afectam o ambiente civil. Os espanhóis que desejem efectuar a sua compra, fazem-nos facilmente. Por uns quinhentos euros está disponível na firma NIDEC – www.nidec.es –, onde podem recolher informação do mesmo, deixando claras desde estas páginas as limitações legais expostas que podem afectar o emprego de uma arma curta como longa.
4 comentários:
Como eu compro uma pra mim para G25 RONI-G1
Obrigado Sou atirador
Edson
http://www.caatactical.com/viewProduct.asp?ID=267
EU TENHO CR , SERA QUE POSSO COMPRAR SEM PRECISAR DO EXERCITO ?
Eu tenho a g 25 ,quero comprar aqui no Brasil,onde acho a Roni para g 25
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