Associei-me ao Corpo Nacional de Escutas, aos 13 anos, na altura como Explorador do Agrupamento 497 de São Mateus da Calheta.
Conforme as curvas da vida tive a oportunidade de participar mais ou menos activamente nas actividades do movimento.
Dia das Promessas, Agrupamento 497, Fevereiro de 1983 |
Mas o que é o escutismo?
O movimento escutista baseia-se em alguns princípios, nomeadamente:
- o dever para com os outros;
- a participação no desenvolvimento da sociedade pelo reconhecimento e respeito pela dignidade do próximo e a integridade da natureza;
Missa campal, São Mateus da Calheta, Setembro de 1983 |
A Missão do Escutismo
É missão do escutismo contribuir para a educação dos jovens graças a um sistema de valores baseado na Promessa e na Lei do Escuta, bem como através da construção de um mundo melhor onde toda a gente, sem excepção, seja considerado e tenha um papel construtivo na sociedade.
Esta missão é realizada:
- implicando-os durante os seus anos de formação, num processo de educação não formal;
- utilizando um método específico através do qual, cada indivíduo é o principal agente do seu desenvolvimento enquanto pessoa autónoma, solidária, responsável e empenhada;
- ajudando-os a elaborar um sistema de valores baseado nos princípios espirituais, sociais e pessoais especificados na Promessa e na Lei.
Exercício de Protecção Civil: Cidade de Lona, Angra do Heroísmo, Maio de 1984 |
O papel do escutismo na sociedade civil
O Escutismo pode e deve desenvolver um papel primordial na sociedade civil, este “terceiro poder” crescente entre o governo e o mundo dos negócios. A sociedade civil é um magma complexo… sendo este o seu principal trunfo e, simultaneamente, a sua principal fraqueza. Ela própria não tem fronteiras e é pouca estruturada. É uma rede de redes, com tendências variadas – que se definem unicamente pelo que ela não é: nem um governo nem uma empresa.
O Escutismo pode e deve desenvolver um papel primordial na sociedade civil, este “terceiro poder” crescente entre o governo e o mundo dos negócios. A sociedade civil é um magma complexo… sendo este o seu principal trunfo e, simultaneamente, a sua principal fraqueza. Ela própria não tem fronteiras e é pouca estruturada. É uma rede de redes, com tendências variadas – que se definem unicamente pelo que ela não é: nem um governo nem uma empresa.
VI Jambori dos Açores, Agosto de 1984 |
O Movimento ajuda a sociedade civil a desenvolver-se:
- fornecendo serviços de informação à juventude
- propondo um educação pela democracia
- praticando uma política de igualdade de oportunidades
- procurando e criando parcerias com populações marginalizadas
- ajudando os jovens a ultrapassar os obstáculos que entravam a sua mobilidade
- lutando contra a xenofobia e o racismo
- contribuindo activamente no desenvolvimento europeu de políticas para a juventude mais eficazes que beneficiem todos os jovens europeus e não só os dos estados membros
- criando pontes de amizade tanto no interior como para além das suas fronteiras.
Dia das Promessas, Agrupamento 395, Julho de 1985 |
A educação para a democracia e a participação
O método escutista é um modelo de educação para a democracia, para a participação e para a cidadania activa que se adapta aos diferentes grupos etários e níveis de organização. Isto contribui para se atingir o principal objectivo do escutismo, a saber participar no desenvolvimento de cidadãos activos, felizes e úteis.
Um dos principais desafios que os educadores escutistas devem salientar é velar para que os jovens e os grupos com quem actuem sejam considerados como os actores “políticos” na sua própria realidade quotidiana. Por outras palavras, os jovens devem contribuir através de acções concretas na tomada de consciência dos seus direitos e responsabilidades no seio da sociedade.
Eis alguns exemplos:
no seio do movimento:
- o sistema de patrulhas
- as relações jovem / adulto
- os processos de decisão ao nível nacional, regional e local
- as estruturas internacionais
fora do movimento:
- a participação dos escuteiros na sector da juventude da sociedade civil
- o serviço à comunidade
- as parcerias com associações e ONG’s para o desenvolvimento de projectos especiais
- as relações institucionais
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