quarta-feira, 19 de março de 2008

Todos nós somos responsáveis pelo ambiente...

Todos nós somos responsáveis pelo ambiente que nos rodeia, é comum ouvirmos as pessoas queixarem-se das alterações climatéricas, da contribuição que para isso tem as grandes empresas e os grandes países industriais.
Mas quantas vezes não utilizamos o automóvel para uma curta viagem de algumas centenas de metros para ir beber um café? Parecendo que não esse pequeno gesto multiplicado pelos milhões de veículos automóveis, existentes no planeta Terra, significa uma quantidade astronómica de CO2 a contribuir para o efeito estufa que nos rodeia!
A solução para esses hábitos terá de partir da formação, quer a escolar, quer a realizada no seio familiar, temos de incutir nos nossos jovens hábitos que contribuam para a preservação do ambiente.
Resido neste momento a cerca de dois quilómetros do centro da vila, aonde me desloco diariamente, por vezes até mais de uma vez, normalmente faço-o a pé, mas noto imensas vezes a estranheza das pessoas quando se apercebem desse facto.
Há dias quando contactado por um cliente para um serviço de assistência técnica ao domicilio, indiquei-lhe a hora mais adequada para mim, recebi a resposta que não era possível porque a essa hora iria buscar o filho à escola, considerando que o cliente reside a pouco mais de um quilómetro da escola do filho, inquiri porque razão o filho não se deslocava de bicicleta para a escola, o espanto demonstrado pelo meu interlocutor na sua resposta deixou claro que eu acabara de dizer uma heresia.
É óbvio que este jovem quando for adulto, seguirá os ensinamentos que recebeu na sua infância, ou neste caso já na sua adolescência, o seu meio de transporte será sempre o automóvel, mesmo que em causa estejam distâncias ridículas!
No entanto felizmente vamos verificando que algumas coisas vão mudando nas grandes empresas/grandes poluidores:

Galp alia-se à Algafuel para produzir microalgas em Sines

A Galp Energia assinou, ontem, uma parceria com o Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação (INETI) e a empresa Algafuel, tendo em vista a constituição de um consórcio para a produção de biomassa e biocombustíveis a partir da cultura de microalgas e da respectiva sequestração de dióxido de carbono (CO2) na refinaria de Sines. Esta é, segundo Ferreira de Oliveira, presidente executivo da Galp, uma forma de «cumprir com as responsabilidades para com a comunidade que suporta o nosso negócio».
O projecto vai envolver um investimento entre 1 e 2 milhões de euros. Numa primeira fase, será constituída, pela Algafuel, uma zona piloto de cerca de um hectare, depois de feitos todos os estudos e análises de modo a encontrar as espécies mais adequadas ao local e aos gases emitidos. A empresa espera que, em 2009, o protótipo já esteja a funcionar.

O INETI ficará responsável pela definição do momento ideal para a colheita e pela extracção do óleo da biomassa resultante da “criação” de microalgas. Esse óleo será depois refinado na biorrefinaria de Sines, que entrará em funcionamento, segundo Ferreira de Oliveira, em 2010. Depois da fase piloto, iniciar-se-á a produção a uma escala industrial, ainda sem data prevista. «Acredito que vamos estar em pé de igualdade com as grandes multinacionais», afirmou o responsável da Galp, acrescentando que «sendo mais pequenos podemos ser mais ágeis e ambiciosos».

Cada tonelada de microalgas produzida consome cerca de duas toneladas de CO2, tendo ainda uma acumulação intracelular de lípidos que pode atingir 60 a 70 por cento do seu peso seco. Estes organismos constituem-se, assim, como uma boa solução para as unidades de produção industrial cuja actividade seja condicionada pelas emissões de dióxido de carbono ou óxidos de azoto. Por cada 20 toneladas de crude refinado em Sines, são emitidas 4 toneladas de CO2 que, se utilizadas para alimentar as microalgas, produzirão duas toneladas de biomassa e uma tonelada de biocombustível.


Autor / Fonte
Sofia Vasconcelos
Ambiente Online

Sem comentários: