Taxonomia
Aves, Passeriformes, Turdidae.
Tipo de ocorrência
Estival nidificante.
Classificação
QUASE AMEAÇADO . NT (C2a(ii))
Fundamentação: Espécie com população de tamanho reduzido (que poderá ser inferior a 2.500 indivíduos maturos), que se admite poder encontrar-se em declínio continuado, constituindo ainda todos os indivíduos uma única subpopulação.
Distribuição
Esta espécie distribui-se, como nidificante, em torno do Mediterrâneo, no Médio Oriente, na Ásia Meridional, até ao Paquistão, e no Sahel. As populações europeias invernam em África, a sul do Sara (Cramp 1992).
Em Portugal, distribui-se sobretudo pelo Algarve oriental e Alentejo interior, pontualmente também na Beira interior e, eventualmente, em Trás-os-Montes.
População
A população nacional desta espécie deve situar-se acima de 1.000 indivíduos. Durante a realização dos trabalhos do Novo Atlas, o solitário foi detectado em 60 quadrículas de 10x10 km (ICN dados não publicados). No entanto, é de crer que o número real de quadrículas seja bastante superior, podendo elevar-se a cerca de 80 quadrículas, uma vez que a espécie é discreta e desconhecida de alguns observadores, existindo quadrículas onde esta ave não foi assinalada, mas onde ocorre tradicionalmente. Nada se sabe de preciso sobre a sua abundância ou densidade; no entanto, é de crer que existam, em média, mais de uma dúzia de indivíduos maturos por quadrícula ocupada.
Alterações recentes de habitat, como a resultante da construção da barragem de Alqueva, levam a admitir a possibilidade de a espécie se encontrar em declínio, mantendo uma tendência que se verificou ao longo do século XX. As diversas referências à sua ocorrência na Beira Interior, no Ribatejo e no Alto Alentejo (Paulino d.Oliveira 1896, Tait 1924, Reis Júnior 1931), em regiões onde hoje a espécie é muito rara ou está ausente, levam a crer que houve um declínio populacional importante.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Vulnerável, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004).
Habitat
Habita as zonas mais quentes e secas do interior do país, frequentando sobretudo vales de ribeiras, muitas vezes associado a manchas de loendros Nerium oleander ou outra vegetação ripícola. Também pode aparecer em azinhais esparsos, por vezes com sub-bosque de esteva Cistus ladanifer. Surge ainda, afastado de cursos de água, em vinhas do interior alentejano, incluindo algumas de exploração intensiva, com sistemas de rega gota-a-gota.
Factores de Ameaça
Alagamento das áreas de habitat favoráveis pela criação de planos de água associados a açudes ou barragens. Remoção da vegetação ripícola e realização de florestações intensivas. Alterações das condições de invernada em África constituem, também, ameaças potenciais para esta espécie, tal como para todos os migradores estivais. No entanto, nada se sabe sobre a importância real de cada uma destas ameaças.
Medidas de Conservação
Protecção da vegetação das linhas de água e ordenamento das reflorestações intensivas no interior do país.
Aves, Passeriformes, Turdidae.
Tipo de ocorrência
Estival nidificante.
Classificação
QUASE AMEAÇADO . NT (C2a(ii))
Fundamentação: Espécie com população de tamanho reduzido (que poderá ser inferior a 2.500 indivíduos maturos), que se admite poder encontrar-se em declínio continuado, constituindo ainda todos os indivíduos uma única subpopulação.
Distribuição
Esta espécie distribui-se, como nidificante, em torno do Mediterrâneo, no Médio Oriente, na Ásia Meridional, até ao Paquistão, e no Sahel. As populações europeias invernam em África, a sul do Sara (Cramp 1992).
Em Portugal, distribui-se sobretudo pelo Algarve oriental e Alentejo interior, pontualmente também na Beira interior e, eventualmente, em Trás-os-Montes.
População
A população nacional desta espécie deve situar-se acima de 1.000 indivíduos. Durante a realização dos trabalhos do Novo Atlas, o solitário foi detectado em 60 quadrículas de 10x10 km (ICN dados não publicados). No entanto, é de crer que o número real de quadrículas seja bastante superior, podendo elevar-se a cerca de 80 quadrículas, uma vez que a espécie é discreta e desconhecida de alguns observadores, existindo quadrículas onde esta ave não foi assinalada, mas onde ocorre tradicionalmente. Nada se sabe de preciso sobre a sua abundância ou densidade; no entanto, é de crer que existam, em média, mais de uma dúzia de indivíduos maturos por quadrícula ocupada.
Alterações recentes de habitat, como a resultante da construção da barragem de Alqueva, levam a admitir a possibilidade de a espécie se encontrar em declínio, mantendo uma tendência que se verificou ao longo do século XX. As diversas referências à sua ocorrência na Beira Interior, no Ribatejo e no Alto Alentejo (Paulino d.Oliveira 1896, Tait 1924, Reis Júnior 1931), em regiões onde hoje a espécie é muito rara ou está ausente, levam a crer que houve um declínio populacional importante.
Em termos de estatuto de ameaça a nível da Europa, a espécie é considerada Vulnerável, embora ainda provisoriamente (BirdLife International 2004).
Habitat
Habita as zonas mais quentes e secas do interior do país, frequentando sobretudo vales de ribeiras, muitas vezes associado a manchas de loendros Nerium oleander ou outra vegetação ripícola. Também pode aparecer em azinhais esparsos, por vezes com sub-bosque de esteva Cistus ladanifer. Surge ainda, afastado de cursos de água, em vinhas do interior alentejano, incluindo algumas de exploração intensiva, com sistemas de rega gota-a-gota.
Factores de Ameaça
Alagamento das áreas de habitat favoráveis pela criação de planos de água associados a açudes ou barragens. Remoção da vegetação ripícola e realização de florestações intensivas. Alterações das condições de invernada em África constituem, também, ameaças potenciais para esta espécie, tal como para todos os migradores estivais. No entanto, nada se sabe sobre a importância real de cada uma destas ameaças.
Medidas de Conservação
Protecção da vegetação das linhas de água e ordenamento das reflorestações intensivas no interior do país.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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