Os Cursilhos de Cristandade por ser vida viva não cabem numa definição definitiva que os limite e constrinja.
O mundo avança e se bem que a essência e a mentalidade dos Cursilhos de Cristandade, pelo que tem de Fundamental Cristão permanecem sempre vivos e actuais; avivando e actualizando tudo o que se deixa penetrar pelo seu espírito, não podemos deixar de notar que o seu próprio nome: “Cristandade”, suscita hoje compreensíveis suspeitas. Sem dúvida ficaria melhor com o que se quer conseguir e se vai conseguindo com eles, chamando-os CURSILHOS DE CRISTIANIDADE.
Fala-se muito de pastoral de missão e pastoral de cristandade e o Movimento dos Cursilhos, de certeza, corresponde muito mais à primeira denominação do que à segunda.
É curioso que tanto protagonismo de mudança com que se pretendeu complicar, adulterar, suavizar, clericalizar e distorcer o Movimento dos Cursilhos, desde o seu nascimento, ninguém se lembrou que, precisamente é o nome o que deveria ser mudado, já que, hoje em dia, a palavra cristandade não especifica nem dá a entender o que o Movimento dos Cursilhos é, persegue e consegue.
O conceito Cristandade dá a sensação de ser no entanto, porque muitas vezes tem vindo a ser, um condicionamento prévio, um marco pio que tem de enquadrá-lo todo, ainda que o que mais vale do homem, que é a sua intenção - o norte da sua liberdade - fique fora: por tradição, por costume, por ter sido ancestralmente quase sempre assim, parece que o único que conta no paradigma de cristandade é o comportamento, ainda que este não corresponda a nenhuma convicção. O comportamento tem-se tanto em conta que não poucas vezes é o único dado em que se apoia a qualificação de uma pessoa.
As manifestações massivas que reduzem a participação dos crentes a uma mera assistência presencial passiva, os actos com que se pretende dar oficialidade ao cristão, criando e impulsionando estruturas cristãs sem contar com cristãos convencidos e decididos que autentifiquem com a sua atitude ante a vida o seu ser de cristãos, é edificar sobre areia. A cosmética apostólica em lugar de cobrir, descobre porque no fragor do mesmo viver cai o efémero e fugaz e permanece o verdadeiro.
O Movimento dos Cursilhos de Cristandade, para ser fiel ao seu carisma fundacional, tem de mover-se noutra direcção, porque vai por outro caminho, pois uma vez implantado numa diocese e contando com um grupo de cristãos adictos à Igreja e seguidores dos seus ensinamentos, estes tem de mover-se no sentido de ir conseguindo, por via da oração confiada e a inquietude orientada, uma aproximação efectiva e quente até às pessoas afastadas que não vivem nem praticam e que muito possivelmente, ao ter conhecimento da mensagem cristã e levando-a para a sua vida, podem, contando sempre com o tempo que seja necessário, ser motor e impulso de muitas boas e novas acções cristãs.
E isso vai sendo possível, somente, quando os cristãos de sempre tratam de compreender a atitude dos recém-chegados e sabem esperar confiantes e sem paternalismos, que vá amadurecendo a sua atitude de convertidos, pois quase sempre as árvores lhes parecem homens e os homens árvores; mas o menos adequado é aproveitar a ocasião para lhes apresentar um tratado de botânica e outro de anatomia.
TU
Que talvez vives escandalizado, contrariado e confuso por tantas coisas que te parecem incompreensíveis e não falas a VERDADE porque não cresceu contigo.
TU
Que te dedicas a consumir como todos, ou a presumir como uns quantos, mas que podes assumir, que és sem dúvida o que deves ser, como cristão que quiseste ser e foste em tantas ocasiões.
O encontrar-se consigo mesmo
O descobrir os irmãos
O encontrar-se com Cristo o de antes, de agora e de sempre.
TU
Que o experimentaste na primeira hora, a ti que te doeu mais de uma vez tê-lo esquecido.
TU
Que por não o ter esquecido de todo, às vezes te debateste entre um puritanismo de herança e um erotismo de empréstimo, não te negues a experimentar a alegria de um maior aprofundamento e o gozo de sentir-te amigo dos teus irmãos.
Se nos colocamos em contacto contigo é porque tu és uma ligação viva da cadeia de realidades que tornou possível que os Cursilhos chegassem aos cinco continentes.
Se te decides, não esqueças que com a tua presença entre nós aumentarás a nossa alegria.
Eduardo Bonnín
Francisco Forteza
O mundo avança e se bem que a essência e a mentalidade dos Cursilhos de Cristandade, pelo que tem de Fundamental Cristão permanecem sempre vivos e actuais; avivando e actualizando tudo o que se deixa penetrar pelo seu espírito, não podemos deixar de notar que o seu próprio nome: “Cristandade”, suscita hoje compreensíveis suspeitas. Sem dúvida ficaria melhor com o que se quer conseguir e se vai conseguindo com eles, chamando-os CURSILHOS DE CRISTIANIDADE.
Fala-se muito de pastoral de missão e pastoral de cristandade e o Movimento dos Cursilhos, de certeza, corresponde muito mais à primeira denominação do que à segunda.
É curioso que tanto protagonismo de mudança com que se pretendeu complicar, adulterar, suavizar, clericalizar e distorcer o Movimento dos Cursilhos, desde o seu nascimento, ninguém se lembrou que, precisamente é o nome o que deveria ser mudado, já que, hoje em dia, a palavra cristandade não especifica nem dá a entender o que o Movimento dos Cursilhos é, persegue e consegue.
O conceito Cristandade dá a sensação de ser no entanto, porque muitas vezes tem vindo a ser, um condicionamento prévio, um marco pio que tem de enquadrá-lo todo, ainda que o que mais vale do homem, que é a sua intenção - o norte da sua liberdade - fique fora: por tradição, por costume, por ter sido ancestralmente quase sempre assim, parece que o único que conta no paradigma de cristandade é o comportamento, ainda que este não corresponda a nenhuma convicção. O comportamento tem-se tanto em conta que não poucas vezes é o único dado em que se apoia a qualificação de uma pessoa.
As manifestações massivas que reduzem a participação dos crentes a uma mera assistência presencial passiva, os actos com que se pretende dar oficialidade ao cristão, criando e impulsionando estruturas cristãs sem contar com cristãos convencidos e decididos que autentifiquem com a sua atitude ante a vida o seu ser de cristãos, é edificar sobre areia. A cosmética apostólica em lugar de cobrir, descobre porque no fragor do mesmo viver cai o efémero e fugaz e permanece o verdadeiro.
O Movimento dos Cursilhos de Cristandade, para ser fiel ao seu carisma fundacional, tem de mover-se noutra direcção, porque vai por outro caminho, pois uma vez implantado numa diocese e contando com um grupo de cristãos adictos à Igreja e seguidores dos seus ensinamentos, estes tem de mover-se no sentido de ir conseguindo, por via da oração confiada e a inquietude orientada, uma aproximação efectiva e quente até às pessoas afastadas que não vivem nem praticam e que muito possivelmente, ao ter conhecimento da mensagem cristã e levando-a para a sua vida, podem, contando sempre com o tempo que seja necessário, ser motor e impulso de muitas boas e novas acções cristãs.
E isso vai sendo possível, somente, quando os cristãos de sempre tratam de compreender a atitude dos recém-chegados e sabem esperar confiantes e sem paternalismos, que vá amadurecendo a sua atitude de convertidos, pois quase sempre as árvores lhes parecem homens e os homens árvores; mas o menos adequado é aproveitar a ocasião para lhes apresentar um tratado de botânica e outro de anatomia.
TU
Que talvez vives escandalizado, contrariado e confuso por tantas coisas que te parecem incompreensíveis e não falas a VERDADE porque não cresceu contigo.
TU
Que te dedicas a consumir como todos, ou a presumir como uns quantos, mas que podes assumir, que és sem dúvida o que deves ser, como cristão que quiseste ser e foste em tantas ocasiões.
O encontrar-se consigo mesmo
O descobrir os irmãos
O encontrar-se com Cristo o de antes, de agora e de sempre.
TU
Que o experimentaste na primeira hora, a ti que te doeu mais de uma vez tê-lo esquecido.
TU
Que por não o ter esquecido de todo, às vezes te debateste entre um puritanismo de herança e um erotismo de empréstimo, não te negues a experimentar a alegria de um maior aprofundamento e o gozo de sentir-te amigo dos teus irmãos.
Se nos colocamos em contacto contigo é porque tu és uma ligação viva da cadeia de realidades que tornou possível que os Cursilhos chegassem aos cinco continentes.
Se te decides, não esqueças que com a tua presença entre nós aumentarás a nossa alegria.
Eduardo Bonnín
Francisco Forteza
© Fundación Eduardo Bonnín Aguiló
documentos@feba.info
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