terça-feira, 25 de setembro de 2012

Orcinus orca, Orca, Roaz-de-bandeira (Madeira)

Taxonomia
Mammalia, Cetacea, Odontoceti, Delphinidae.

Tipo de ocorrência
Continente: Desconhece-se se é residente ou visitante.
Açores: Visitante.
Madeira: Desconhece-se se é migrador ou visitante.

Classificação
Continente: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE . DD
Açores: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE . DD
Madeira: INFORMAÇÃO INSUFICIENTE . DD
Fundamentação: Não existe informação adequada para avaliar o risco de extinção nomeadamente quanto ao tamanho da população e tendências de declínio.

Distribuição
A orca é uma espécie cosmopolita que pode ser encontrada tanto em latitudes polares como em regiões equatoriais. Esta espécie é observada em águas profundas e também junto à costa em algumas regiões.

Nos Açores, está presente entre a Primavera e o início do Outono. Pode utilizar toda a área da Zona Económica Exclusiva da Madeira, especialmente junto às ilhas e bancos submarinos.

No Continente, a sua ocorrência está documentada por observações esporádicas de pequenos grupos que se aproximam da orla costeira.

População
Em algumas regiões da sua área de distribuição, as orcas vivem em pequenos grupos, geralmente com menos de 40 animais. Podem formar populações residentes. Nos Açores, a orca é avistada em grupos que não costumam ultrapassar os 20 indivíduos (dados não publicados, DOP . Univ. Açores). Nesta região, a espécie é referida por Chaves (1924), mas como os registos posteriores não são sistemáticos, não é possível estimar quaisquer dados populacionais no presente e passado para esta espécie.

Apesar de existirem vários registos da presença desta espécie nas águas da Madeira, não é possível estimar quaisquer dados populacionais no presente e passado para esta espécie. O primeiro registo para a região é de Sarmento (1948), havendo igualmente registos de capturas ocorridas durante o período de caça à baleia na Madeira.

Habitat
A espécie ocupa zonas de mar aberto. Apesar de serem mais abundantes a cerca de 800 km ao largo das costas, as orcas frequentam também zonas costeiras, chegando mesmo a entrar em baías pouco profundas, estuários e cursos inferiores de rios.

Factores de Ameaça
A captura acidental em artes de pesca e a poluição por organoclorados e metais pesados poderão ter impactos sobre esta espécie mas a amplitude destas ameaças é desconhecida (Johnston et al. 1996, Read 1996). Nos Açores e na Madeira, as actividades de observação de cetáceos (whalewatching), poderão causar alguma alteração comportamental, mas não se espera que constituam uma fonte de ameaça.

Medidas de Conservação
No Continente está em vigor legislação específica nacional de protecção de mamíferos marinhos. O .Guia de Identificação de Cetáceos. (Sequeira & Farinha 1998) foi produzido como material de divulgação.

Nos Açores, para além da legislação internacional em vigor, foi criada regulamentação para a actividade recreativa e comercial de observação de cetáceos. Estão a ser realizadas campanhas de educação e sensibilização ambiental, no âmbito de projectos de investigação diversos.

Na Madeira, para além da legislação internacional em vigor, foi implementada legislação regional de protecção.

O Museu da Baleia dinamiza a investigação, a divulgação e sensibilização para a conservação dos cetáceos neste Arquipélago.

No âmbito do “Projecto para a Conservação dos Cetáceos no Arquipélago da Madeira”, promove-se a avaliação dos efectivos populacionais, estudos de biologia e ecologia, bem como a avaliação das principais ameaças no sentido de apresentar às entidades competentes propostas de novas medidas de conservação e campanhas de educação e sensibilização ambiental. Uma das medidas de conservação  actualmente em processo de implementação é o regulamento de adesão voluntária para as embarcações comerciais de observação de cetáceos no sentido de minimizar o impacto desta actividade na Região Autónoma da Madeira. Igualmente no âmbito daquele projecto, está a ser preparado um plano de monitorização das populações de cetáceos a longo prazo.

Outra bibliografia consultada
Leatherwood & Reeves (1983); Perrin & Reilly (1984); Evans (1987); Taylor & Plater (2001); Freitas et al. (2002).
in Livro Vermelho dos Vertebrados


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