Tipo de ocorrência
Residente.
Residente.
Classificação
EM PERIGO . EN (B2ab(ii,iii,v)).
Fundamentação: Espécie com área de ocupação inferior a 500 km2. Admite-se que apresente fragmentação elevada e um declínio continuado da área de ocupação, da qualidade e quantidade do habitat e do número de indivíduos maduros.
EM PERIGO . EN (B2ab(ii,iii,v)).
Fundamentação: Espécie com área de ocupação inferior a 500 km2. Admite-se que apresente fragmentação elevada e um declínio continuado da área de ocupação, da qualidade e quantidade do habitat e do número de indivíduos maduros.
Distribuição
O cágado-de-carapaça-estriada ocorre na Europa e Norte de África, designadamente em Marrocos, na Tunísia e na Argélia. Na Europa, distribui-se por núcleos dispersos na Península Ibérica, na Europa Central e de Este. No entanto, considera-se que não existem populações autóctones na região Este de França, na Holanda, no Oeste da Alemanha, Dinamarca e Suíça e em quase todo o território da Áustria e da República Checa. Distribui-se também pela região ocidental da Ásia, do Noroeste do Irão e Iraque ao Norte da Síria (Ernest & Barbour 1989, Gasc et al. 1997, Keller & Andreu 2002).
O cágado-de-carapaça-estriada ocorre na Europa e Norte de África, designadamente em Marrocos, na Tunísia e na Argélia. Na Europa, distribui-se por núcleos dispersos na Península Ibérica, na Europa Central e de Este. No entanto, considera-se que não existem populações autóctones na região Este de França, na Holanda, no Oeste da Alemanha, Dinamarca e Suíça e em quase todo o território da Áustria e da República Checa. Distribui-se também pela região ocidental da Ásia, do Noroeste do Irão e Iraque ao Norte da Síria (Ernest & Barbour 1989, Gasc et al. 1997, Keller & Andreu 2002).
Em Portugal a sua distribuição é fragmentada. Numa análise por bacias hidrográficas, os resultados indiciam que esta espécie é mais rara a norte do rio Tejo, estando referenciadas populações no Paul da Tornada, nas Lagoas do Prado (Vila Verde) e na área do Douro Internacional. Na bacia do rio Tejo, esta espécie pode ser encontrada no Paul do Boquilobo, nas sub-bacias hidrográficas dos rios Ponsul e Erges e da ribeira de Nisa. As bacias hidrográficas mais importantes para esta espécie são a do rio Guadiana, entre os rios Mira e Arade e entre os rios Arade e Guadiana (Araújo et al. 1997, Godinho et al. 1999).
População
Não existem estimativas da densidade populacional para esta espécie em Portugal e, na maioria dos casos, as observações referem-se a indivíduos isolados ou pequenas populações.
Não existem estimativas da densidade populacional para esta espécie em Portugal e, na maioria dos casos, as observações referem-se a indivíduos isolados ou pequenas populações.
No entanto, foram encontradas várias populações com um número relativamente elevado de indivíduos, associadas a habitats aquáticos temporários, principalmente no Sul do País (Araújo et al. 1997, P Segurado, com. pess.).
Habitat
Esta espécie ocorre em habitats dulciaquícolas ou de baixa salinidade, com águas paradas ou de corrente lenta, permanentes ou temporárias, tais como charcos, albufeiras, represas, rios e ribeiras (Araújo et al. 1997, Keller 1997).
Esta espécie ocorre em habitats dulciaquícolas ou de baixa salinidade, com águas paradas ou de corrente lenta, permanentes ou temporárias, tais como charcos, albufeiras, represas, rios e ribeiras (Araújo et al. 1997, Keller 1997).
As maiores populações encontradas estão associadas a zonas de charcos temporários, único tipo de habitat em que se julga que a espécie não coexiste com o cágado-mediterrânico Mauremys leprosa (P Segurado, com. pess.).
Factores de ameaça
Os factores de ameaça determinados em Portugal são comuns aos referidos para as populações dos outros países da sua área de distribuição. Assim, a alteração e destruição das zonas húmidas, quer devido à captação de água ou à implantação de infra-estruturas, quer devido à poluição da água de origem agrícola, doméstica e industrial, são as principais causas de ameaça.
Os factores de ameaça determinados em Portugal são comuns aos referidos para as populações dos outros países da sua área de distribuição. Assim, a alteração e destruição das zonas húmidas, quer devido à captação de água ou à implantação de infra-estruturas, quer devido à poluição da água de origem agrícola, doméstica e industrial, são as principais causas de ameaça.
Constituem igualmente factores de ameaça relevantes a mortalidade por atropelamento e as capturas acidentais em resultado da pesca. Similarmente as capturas motivadas por actividades científicas, de recreio e de comércio, poderão ter impacto nas populações locais desta espécie.
Embora não tenha sido avaliado, na natureza, o impacto causado pela introdução de espécies não-indígenas, tais como as tartarugas de água doce Trachemys sp, este poderá também vir a ter consequências negativas, a nível local (Cadi & Poli 2004).
Existem ainda factores de risco associados às características biológicas intrínsecas da espécie, designadamente a sua maturação sexual tardia, a relativa baixa mobilidade e baixa taxa de crescimento, que contribuem para o reduzido recrutamento, e ainda uma capacidade de dispersão limitada e uma fraca capacidade de recuperação (Araújo et al. 1997, Keller 1997).
Medidas de conservação
Para a conservação desta espécie consideram-se necessárias medidas que possibilitem a conservação dos seus habitats, designadamente os charcos temporários. Para além disto, considera-se essencial a realização de acções de sensibilização ambiental e o reforço da fiscalização. É também relevante o desenvolvimento de acções que contribuam para a erradicação de espécies invasoras competidoras como as do género Trachemys.
Para a conservação desta espécie consideram-se necessárias medidas que possibilitem a conservação dos seus habitats, designadamente os charcos temporários. Para além disto, considera-se essencial a realização de acções de sensibilização ambiental e o reforço da fiscalização. É também relevante o desenvolvimento de acções que contribuam para a erradicação de espécies invasoras competidoras como as do género Trachemys.
Estão a decorrer acções de investigação com implicações para a conservação desta espécie, especificamente sobre os seus padrões de ocorrência a diferentes escalas espaciais.
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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