Taxonomia
Mammalia, Cetacea, Misticeti, Balaenopteridae.
Mammalia, Cetacea, Misticeti, Balaenopteridae.
Tipo de ocorrência
Visitante.
Visitante.
Classificação
EM PERIGO . EN (A1abd) (adopção da categoria IUCN (1994))
Fundamentação: A espécie teve uma redução do tamanho da população de pelo menos 50% nos últimos 60-75 anos.
EM PERIGO . EN (A1abd) (adopção da categoria IUCN (1994))
Fundamentação: A espécie teve uma redução do tamanho da população de pelo menos 50% nos últimos 60-75 anos.
Distribuição
A baleia-comum é uma espécie cosmopolita pouco frequente em regiões tropicais (Leatherwood & Reeves 1983, Perry et al. 1999). Ao longo das costas europeias, uma parte da sua população efectua migrações ao longo da plataforma continental em direcção ao Norte na Primavera, e para Sul no Outono. Estas migrações são efectuadas entre zonas de grande produtividade em latitudes altas e zonas de águas mais quentes em latitudes baixas, onde ocorrem a maior parte dos nascimentos. Alguns indivíduos efectuam migrações de menor amplitude e outros são, muito provavelmente, residentes, ocorrendo durante todo o ano a Oeste da Península Ibérica (Evans 1987). Há uma população residente no Mediterrâneo, mas parece estar genética e reprodutivamente isolada da população Atlântica (Notarbartolo di Sciara et al. 2003).
No Continente, a ausência de observações regulares em zonas oceânicas não permite estabelecer nenhum padrão de ocorrência. Nos Açores, está presente durante a Primavera e no início do Verão (dados não publicados, DOP . Univ. Açores), provavelmente em migração para latitudes mais altas. Na Madeira, são observados animais ao longo de todo o ano, com maior incidência durante a Primavera e Verão.
População
Apesar de se considerar a existência de sete stocks no Atlântico, as suas fronteiras não estão bem definidas (Perry et al. 1999), nem há estimativas de abundância fiáveis para a espécie. Não é conhecida a actual tendência populacional.
Habitat
A baleia-comum é encontrada numa grande variedade de habitats, desde áreas costeiras a águas pelágicas longe da costa (Evans 1987, Perry et al. 1999). Nos Açores, têm sido avistadas perto da costa ou em associação a montes submarinos (dados não publicados, DOP . Univ. Açores). Na Madeira, as baleias-comuns têm sido observadas próximo da costa, muitas vezes em alimentação, e em mar aberto.
Factores de Ameaça
Colisões com navios e capturas acidentais em redes de pesca poderão causar algum impacto populacional, mas a amplitude destas ameaças é desconhecida (Notarbartolo di Sciara et al. 2003, Perry et al. 1999).
Como consequência das actividades de pesca, a competição pelas mesmas presas e a sobre-exploração dos recursos piscícolas poderão trazer problemas de conservação para a espécie (Perry et al. 1999).
Embora a alimentação, a níveis tróficos mais baixos que o de outros cetáceos, se traduza numa menor carga relativa de contaminantes, há evidências de que a contaminação por metais pesados e organoclorados poderá ter influência sobre a reprodução e aumentar a mortalidade dos indivíduos mais jovens (Notarbartolo di Sciara et al. 2003). Este problema deverá ser maior em zonas fortemente industrializadas.
Nos Açores e na Madeira, as actividades de observação de cetáceos poderão causar alguma alteração comportamental, mas não devem constituir uma ameaça.
Medidas de Conservação
No Continente está em vigor legislação específica nacional de protecção de mamíferos marinhos, bem como transposição e regulamentação de legislação internacional. O .Guia de Identificação de Cetáceos. (Sequeira & Farinha 1998) foi produzido como material de divulgação.
Nos Açores, para além da legislação internacional em vigor, foi criada regulamentação para a actividade recreativa e comercial de observação de cetáceos. Estão ainda a ser realizadas campanhas de educação e sensibilização ambiental, no âmbito de projectos de investigação diversos.
Na Madeira, para além da legislação internacional em vigor, foi implementada legislação regional de protecção. O Museu da Baleia dinamiza a investigação, a divulgação e sensibilização para a conservação dos cetáceos neste Arquipélago. No âmbito do .Projecto para a Conservação dos Cetáceos no Arquipélago da Madeira., promove-se a avaliação dos efectivos populacionais, estudos de biologia e ecologia, bem como a avaliação das principais ameaças no sentido de apresentar às entidades competentes propostas de novas medidas de conservação e campanhas de educação e sensibilização ambiental. Uma das medidas de conservação actualmente em processo de implementação é o regulamento de adesão voluntária para as embarcações comerciais de observação de cetáceos no sentido de minimizar o impacto desta actividade na Região Autónoma da Madeira. Igualmente no âmbito daquele projecto, está a ser preparado um plano de monitorização das populações de cetáceos a longo prazo.
Nota
Devido aos hábitos migratórios desta espécie foi feita uma única avaliação a nível nacional, por se considerar que os indivíduos que ocorrem na Madeira, nos Açores e no Continente fazem parte de uma mesma população. No entanto esta assumpção carece de ser corroborada por trabalhos de definição de identidade populacional.
Outra bibliografia consultada
IUCN (2004a); Reeves et al. (compilers) (2003).
in Livro Vermelho dos Vertebrados
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